O Ministério da Educação (MEC) divulgou a lista das universidades federais que poderão contratar professores temporários neste ano com a respectiva quantidade de vagas que serão abertas. De acordo com o comunicado, divulgado na última sexta-feira, dia 3, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) poderá contratar 92 professores temporários, sendo 46 com carga horária de 40 horas semanais e outros 46 com 20 horas semanais. As vagas são para um período de 6 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), contudo, adverte que essa medida é paliativa e não resolve o problema da falta de professores das universidades federais. "O que resolve é concurso", afirma o presidente da Adufmat, Carlos Alberto Eilert. "Contratar temporários é um subterfúgio do governo para ter professores em sala de aula quando o ano letivo começar, mas a solução é apenas um tapa-buraco".
A entidade, junto com a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN), "se posiciona pelo concurso público para professores efetivos", diz o presidente. Para ele, "a categoria de professores temporários é apenas um tipo de precarização do ensino, não é como o professor substituto, que entra em cena quando o docente efetivo sai de licença ou se afasta para cursar pós-graduação".
Segundo o MEC, o regime temporário é adotado enquanto o Congresso não aprova um plano para a contratação efetiva de cerca de 19 mil professores para as universidades federais.
Portaria – No início desta semana, o MEC publicou uma portaria, em conjunto com o Ministério do Planejamento, que prevê a contratação de 3.059 professores universitários para o programa Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). A UFMT faz parte do grupo de instituições que integrará os docentes ao quadro a partir de março. Outro grupo de universidades poderá começar as contratações a partir de abril.