O vice-presidente do Sintep, Kleber Solera, afirmou, há pouco, ao Só Notícias, que o sindicato ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão judicial da desembargadora Helena Ramos, que considerou a greve abusiva e que determinou o retorno imediato às salas de aula sob pena de multa diária de R$ 10 mil, com isso a greve continua por tempo indeterminado até as reivindicações serem atendidas. “Ainda não fomos notificados, mesmo assim foi uma decisão dos profissionais em continuar com a greve e, diante disso, quando recebermos a ordem recorreremos”, explicou, Solera.
Hoje à tarde, os profissionais devem voltar a câmera – onde deflagraram a greve na semana passada – para solicitar ajuda aos vereadores para antecipar a reunião com a prefeita Rosana Martinelli, marcada para sexta-feira.
A greve começou na semana passada e, desde então, quase 16 mil alunos da rede municipal estão sem aulas.
Em sua decisão a desembargadora considerou “o perigo de que a manutenção do quadro fático possa resultar em dano grave, de difícil ou incerta reparação, porquanto se trata de serviço público essencial” e também proibiu “os integrantes do movimento grevista de impedir ou limitar de qualquer modo o acesso de funcionários públicos não grevistas ao trabalho regular, tudo sob pena de multa diária de R$ 10 mil e apuração de responsabilidade por possível prática do crime de desobediência”.
Os servidores cobram alteração da jornada de trabalho de professores e técnicos, o que já é garantido por lei, regulamentação definitiva da jornada do apoio administrativo educacional, reajuste para os profissionais de apoio e técnicos administrativos educacional em 4,77%, inclusão dos motoristas na carreira da Educação e alteração dos coeficientes das tabelas de apoio e técnicos a partir da formação de nível médio profissionalizado.