O Estado de Mato Grosso precisa de mais seis mil professores e mais mil e quinhentos técnicos para suprir a necessidade real destes profissionais no Estado. A avaliação é do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Publico de Mato Grosso (Sintep-MT) em relação ao lançamento do edital para concurso público feito na última sexta-feira, 10. O governo do Estado abriu duas mil vagas para professores e 200 vagas para técnicos administrativos, em todos os municípios de Mato Grosso. “A realização do concurso é uma vitória parcial para o sindicato, pois não atende a demanda do Estado. Lutamos muito por ele, principalmente após a greve do ano passado, essa foi uma cobrança constante do Sintep-MT”, afirma o presidente do Sintep-MT, Gilmar Soares Ferreira.
Outra reivindicação não atendida é em relação à garantia dos cargos de apoio nas escolas, merendeiras, agentes de limpeza e de segurança. “Os cargos de apoio representam um problema, pois o número de trabalhadores é insuficiente, e o governo ainda tem a intenção de terceirizar este serviço. O Estado necessita abrir duas mil vagas para estas funções”, solicita.
O Sindicato destaca o fato de que o governo ainda não chamou os 80 professores indígenas aprovados no concurso realizado em junho. “O governo não pode esperar para dar posse a esses profissionais juntamente com os aprovados para professores. Este é mais um sinal de descaso do Governo, de que ele não prioriza a educação”.
Contratos temporários – A primeira audiência para resolver contratos temporários ocorre no dia 28 de novembro. A subsede de Cuiabá entrou com ação na Justiça do Trabalho para que sejam efetivados os contratos dos trabalhadores que estão sem receber seus salários desde o primeiro semestre. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) já foi notificada. A ação também corre no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ontem, o superintendente de Gestão de Recursos Humanos da Seduc, Benedito Guarin Strobel, afirmou que os contratados pelas unidades escolares até o dia 01 de julho terão os seus salários pagos ainda no mês de novembro. Entretanto, o presidente do Sintep reforça que a declaração foi oficiosa e que não há nada publicado.
O Sintep acredita que a notificação da Justiça do Trabalho pressionou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) a garantir o pagamento. “Ainda não sabemos como eles vão explicar a recusa em reuniões anteriores de resolver a situação. Muitos contratos poderiam ter sido publicados antes de primeiro de julho”, afirma a presidente da subsede de Cuiabá, Maria Helena Bortolo.