Os servidores da rede estadual de Educação acabam de deliberar, em assembleia geral, em Cuiabá, que a greve será mantida. A confirmação foi feita pelo diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira. “Diante da truculência e omissão do governo, a maioria decidiu por continuar com a paralisação por tempo indeterminado”, disse, ao Só Notícias.
Os professores e técnicos de apoio decidiram também a agenda de mobilizações para a próxima semana. Por enquanto, segundo Valdeir, está previsto para segunda-feira (7), o “Dia do barulho” na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e também nas assessorias pedagógicas.
Entre terça e quinta-feira, os profissionais farão ato na Assembleia Legislativa. O Sintep também prevê no dia 11 ou dia 15 (a data ainda será confirmada), caso o governo não apresente outra proposta, bloqueio das rodovias estaduais e ocupação do palácio do governo.
Hoje completa 53 dias de greve. A adesão é de 90%. Segundo o Sintep, as férias de final de ano serão respeitadas e o calendário será cumprido no ano que vem.
Conforme Só Notícias já informou, o governo anunciou que deve cortar o ponto dos trabalhadores caso não retomem as atividades. O movimento iniciou para reivindicar reajuste salarial de 10,41%; política que vise dobrar o poder de compra dos educadores em até sete anos; realização imediata de concurso público; chamamento dos classificados do último concurso; garantia da hora-atividade para interinos; melhoria na infraestrutura das escolas; aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual; autonomia da Seduc nos recursos devidos na área.
Os profissionais querem reajuste salarial para este ano. Porém, o governo propôs 5% acima da inflação a partir do ano que vem, seguido de 6% em maio de 2015, e até 2016, 7,96%.
Em Mato Grosso, são 744 escolas e mais de 400 mil alunos.
(Atualizada às 15h55)