O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso sugeriu a criação de um grupo de trabalho para discutir a formação de professores, ontem, durante reunião com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc).
O GT deve ser formado, no máximo, em 30 dias. Será composto por representantes do Sintep, da UFMT, da Seduc e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso (Undime). Foi estendido o convite à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Para a vice-presidente do Sintep, Cida Cortez, “o debate deve ser feito em torno da qualidade da formação profissional como um todo, tanto na esfera estadual quanto municipal. Muita coisa precisa ser melhorada, mas a possibilidade de elaboração de um programa de formação já representa um avanço”. A sindicalista disse ainda que o GT deve discutir e analisar qual política será aplicada na elaboração do programa de formação.
A qualificação nos municípios do interior do Estado foi uma preocupação demonstrada pela diretora regional do Sintep e professora da rede estadual de Rosário Oeste, Miriam Ferreira Botelho. “As dificuldades são enormes, não podemos centralizar o programa”.
Outra questão abordada por Cida Cortez foi o Programa de Ação Articulada (PAR), elaborado pelo governo do Estado, cuja função é levantar as principais necessidades das escolas abordando três eixos: infra-estrutura, material pedagógico e gestão. “Às vezes o responsável pela escola, para não se expor, preenche o formulário com informações falsas, com ações que na verdade não se concretizaram. Como resultado, são definidas metas que não contemplam as reais necessidades daquela unidade”, alertou.
Participaram também da reunião a secretária especial de Ciência e Tecnologia, Flávia Nogueira, a secretária adjunta de Políticas Educacionais, Rosa Neide Sandes de Almeida, a secretária adjunta de Gestão de Pessoas, Vera Lúcia Araújo e gestores educacionais.