O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) deu prazo até sexta-feira para a Secretaria Estadual de Educação atender a solicitação de audiência visando discutir a revisão salarial para os milhares de professores e servidores públicos, conforme acordo firmado pelo governo em 2008 e ainda não cumprido. O pedido foi protocolizado no último dia 25 mas, até agora, o secretário Saguas Moraes (PT) não respondeu.
O Sintep está mobilizando o Conselho de Representantes do interior para se reunir dias 6 e 7, em Cuiabá, mas antes quer ouvir o governo. “A categoria pode radicalizar caso não haja avanço no atendimento das reivindicações”, avisou o presidente do sindicato, Gilmar Soares Ferreira. Ele disse ainda que a principal reivindicação é a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) corrigido. “É só analisar o que diz a Lei para concluir que o piso já deveria ter sido de R$ 1.132,40 em 2009 e deve ser ajustado novamente este ano”, afirmou, através da assessoria.
Além disso, os trabalhadores da Educação cobram o compromisso firmado pelo governo do Estado no encerramento da greve de 2008. “Ficou acordado que 60% dos recursos vinculados à educação, determinados pela Constituição Federal, seriam destinados ao pagamento de salários, mas o governo não está cumprindo”, protestou o sindicalista.
Como exemplo, Gilmar Soares citou o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), do qual a Educação deveria obter 25%.”Mato Grosso é o único que não aplica o percentual desse imposto na pasta”. Este, inclusive, é um dos assuntos que a categoria quer discutir com o secretário. A exigência é o repasse de parte do IRRF para a Educação retroativo a 2004.