Números reais de vagas. Esta é uma das reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) com relação à realização de concurso público. Segundo o representante da entidade na Comissão de Concurso Público, Henrique Lopes do Nascimento, o número de contratos temporários preocupa os trabalhadores. “Não podemos admitir que o governo destine três mil vagas para contratações temporárias, como vem falando”, disse.
De acordo com o sindicalista, os trabalhadores da educação devem estar atentos quanto ao quadro de vagas. “Nossa orientação é que as subsedes levantem o real número de vagas das unidades escolares e acompanhem os dados que serão apresentados pela Seduc (Secretaria de Estado de Educação)”. Dentre as desvantagens do contrato temporário, ele citou as duplas jornadas e o comprometimento da qualidade na Educação.
Secretário adjunto de Políticas Educacionais do Sintep, Henrique Lopes explicou que enquanto um profissional efetivo exerce a jornada de 20 horas semanais, o temporário precisa trabalhar 30 horas para receber o mesmo salário. “Sem contar a falta de tempo para preparar as aulas, o que influencia diretamente a qualidade de ensino”, ressaltou. Segundo ele, o contrato temporário não permite a elevação de carreira. “O trabalhador é obrigado a ficar estagnado, sem perspectiva de crescimento”, complementou.
Além do impasse com relação ao número de vagas, outro motivo de preocupação é com a periodicidade das reuniões da Comissão. “No início, os encontros ocorreriam todas as terças-feiras, mas a Seduc já cancelou reuniões diversas vezes”. O diretor do Sintep disse ainda que a Secretaria de Estado de Administração (SAD) participou de apenas um encontro. “A previsão da Seduc é realizar o concurso público em setembro deste ano, mas se continuar neste ritmo, será impossível”, concluiu.