Em manifestação, hoje, em frente à Assembleia Legislativa, o Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) reuniu cerca de 200 grevistas para cobrar respaldo dos deputados estaduais, nas reivindicações com o governo do Estado, que já declarou não negociar com grevistas. Presidente do Sintep, Henrique Lopes, explicou que são 38.376 profissionais da educação, que deste total, 90% aderiram ao movimento grevista.
As reivindicações da categoria são referentes à reposição salarial de 10,41% acima da inflação, realização de concurso público, convocação de classificados do último concurso, pagamento da hora-atividade para interinos, melhoria na infraestrutura das escolas, aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual e autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na área.
“Esperamos uma intermediação da Assembleia Legislativa, porque o Legislativo deve auxiliar nas negociações e cobrar do governador Silval Barbosa (PMDB), o princípio da impessoalidade, e quando a gestão está em conflito, deve agir como chefe de Estado, e abrir o diálogo, porque este posicionamento do governo auxilia no acirramento do movimento que já conta com 90% de adesão da categoria”, explicou Lopes.
Conforme Lopes, cerca de 200 grevistas de Cuiabá, Várzea Grande e até Rondonópolis, estiveram presentes na manifestação desta quarta-feira. Sobre as declarações do governador Silval Barbosa, de que desde o início de sua gestão, a categoria obteve ganhos reais de 25%, Lopes garante que esta informação não é verdadeira. “Nós trabalhamos com a verdade, e informações de ganhos reais de 25% não são verdadeiras. Mesmo que o governador desse 3 vezes a reposição da inflação, ainda teríamos um salário vergonhoso”, alegou.
Com relação ao concurso público, através dos dados, Lopes demonstra que dos mais de 38 mil servidores, metade são contratos temporários, o que representa 19.889 dos servidores.
O Sintep afirma que o piso praticado no Estado é de 1.452, sendo que a Secretaria de Educação, diz que este valor é pago aos que não possuem ensino superior, e que a média praticada é R$2.179.