A direção do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) continua hoje à tarde, as negociações com o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, sobre a implantação do piso salarial de R$ 1.050 (nível médio) e R$ 1.575 (nível superior) para todos os profissionais da educação de Mato Grosso.
Os números apresentados pelo Sintep contrariam os da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), sinalizando possíveis erros. Ságuas Moraes reconheceu a necessidade de a equipe financeira analisar os dados, nesta setxa-feira, para tentar compartibilizar os números de 2007 e reiniciar as discussões com o sindicato.
Os números apresentados pelo Sintep garantem a viabilidade de implantação do piso salarial. A reunião de ontem à tarde, foi mais uma tentativa de esgotar todas as chances de negociações. O presidente Gilmar Soares Ferreira, disse sentir uma certa dificuldade pelo lado do governo. “Essa é uma reivindicação histórica. Estamos negociando há mais de um ano”, afirmou.
Apesar de considerar justas as reivindicações dos trabalhadores da educação, Ságuas Moraes preferiu defender a tese de que é preciso estudar a receita da Educação e esperar um pouco mais para avançar e chegar na adoção do piso salarial. Disse ainda estar aberto ao diálogo. Ao apresentar possibilidades para incrementar a receita da Educação, garantiu que o “caminho é fértil para avançar na questão do piso”. A expectativa do secretário é de definir uma posição até o mês de maio, depois de observar o comportamento da receita nos primeiros meses do ano.
Além da valorização profissional, a pauta de discussão com o secretário reuniu ainda questões administrativas como a elevação de classe dos técnicos (aplicabilidade da lei), continuidade nos processos já protocolados, orientação de quem teve processos indeferidos no encaminhamento de novo processo, aposentadoria de diretores e coordenadores, definição de cronograma para realização de novo concurso público, pagamento das certidões de crédito; e questões educacionais como a urgência de se debater no âmbito das escolas os resultados de aprendizagem do Prova Brasil.
Existe a possibilidade de paralisação das atividades dos trabalhadores da educação já no início de ano letivo, na próxima semana. O indicativo de greve será discutido durante a Assembléia Geral da categoria, na segunda-feira, dia 11, às 9 horas, no ginásio da Escola Estadual Presidente Médici.
A pauta da assembléia geral será definida no 1º Conselho de Representantes, neste final de semana, nos dias nove e 10 de fevereiro, a partir das 8 horas, na nova sede do Sintep, localizada no bairro Bandeirantes, em Cuiabá