A subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) deve convocar nos próximos dias uma assembleia geral, possivelmente para o dia 30 de abril, para analisar a proposta das Secretarias de Educação e Finanças que propuseram mudanças na carga semanal de trabalho dos professores. “Acho pouco provável que os profissionais rejeitem a proposta, mas é possível. Na verdade, a assembleia será mais para tirar possíveis dúvidas em relação a esta mudança. Protocolamos um ofício acerca dos questionamentos e enviamos para a secretaria”, explicou, ao Só Notícias, o diretor do sindicato em Sinop, Valdeir Pereira.
A proposta das secretarias prevê que professores com jornadas de 40 horas semanais terão redução compulsória (quando não há escolha) para 38 horas, a partir de julho deste ano. Em julho do ano que vem, estes profissionais passarão a trabalhar 36 horas. Em contrapartida, os professores que trabalham 20 horas por semana, poderão escolher se aumentam a jornada para 22 horas semanais, em julho de 2015, e 24 horas semanais a partir do mesmo mês do ano que vem.
Com as alterações, a hora de trabalho dos professores sofrerá, automaticamente, reajuste de 5,26% válido para todos os profissionais do magistério. Neste sentido, professores com jornadas de 30 horas, que não terão a carga de trabalho modificada, passarão a receber mais por cada hora trabalhada.
A mudança foi cobrada pelos profissionais durante a greve no ano, quando reivindicavam a equiparação salarial com os estaduais (de R$ 1,6 mil para R$ 1,7 mil) e redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais.
A assembleia para analisar a proposta coincide com a paralisação nacional da categoria. Este ano, os profissionais da educação em todo o país vão parar as atividades no dia 30 de abril com o objetivo de discutir os temas democracia, trabalho e educação, conforme explicou Valdeir.