Os servidores municipais da Educação aprovaram, ontem à noite, estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia, no salão de uma paróquia, onde os professores se reuniram para discutir problemas que estão enfrentando. Entre as principais reivindicações estão a alteração da tabela salarial e inclusão dos demais servidores da Educação no plano de cargos, carreiras e salários e o estabelecimento da carga horária para 30 horas.
O prazo que a categoria está dando para a prefeitura fixar as 30 horas é até início de janeiro de 2010. Caso não haja manifestação, os professores municipais pretendem não iniciar o ano letivo, que está programado para fevereiro. Na rede municipal são aproximadamente 960 professores com a carga horária atual entre 20 e 40 horas.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Adriano Perotti, disse, em entrevista ao Só Noticias, que em janeiro o secretário municipal de Educação, Tadeu Azevedo, e o vice-prefeito, Aumeri Bampi, se reuniram com representantes da categoria para que elaborassem um documento apontando as necessidades da classe. Após o encontro formatou-se uma comissão que apontou quais seriam as principais reivindicações. “O documento foi protocolado e entregue ao secretário no dia 2 de setembro. Mas até o momento não foi apresentada uma contraproposta. Com isso resolvemos em assembleia entrar em estado de greve para força o secretário cumprir as propostas”, disse Perotti, manifestando ainda que o ano letivo em 2009 não será prejudicado.
Atualmente, estima-se que somente a Educação congregue aproximadamente 1,4 mil servidores. Este número representa quase a metade dos funcionários da prefeitura. Caso os pedidos não sejam aceitos, toda a classe cruzará os braços. No entanto, não há data em que isto possa ocorrer.
O secretário de Educação deve ser comunicado, oficialmente pelo sindicato, ainda nesta semana.
(Atualizada às 11h36)