Os profissionais da rede estadual de Educação decidiram, esta tarde, suspender a paralisação. A confirmação foi feita pelo Sintep. Com a decisão, os 30 mil servidores voltam ao trabalho na segunda-feira (29). Em Sinop, a rede possui 15,6 mil alunos distribuídos em 18 unidades escolares. O sindicato prevê mais mobilizações em julho.
A categoria continua com as reivindicações para o aumento do piso salarial, garantias trabalhistas, verbas destinadas à educação e defende também direitos para os profissionais contratados temporariamente. De acordo com o Gazeta Digital, o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes disse que são 12 mil prestadores temporários que não recebem 1/3 da hora atividade para preparar a aula, prejudicando o planejamento coletivo. O representante da categoria adiantou, que a entidade produz um dossiê com denúncias sobre o descaso nas escolas públicas. “Aulas realizadas em contêineres e pelas quadras das escolas, devido a problemas com a cobertura das salas de aula e na rede elétrica, ou seja, condições péssimas para se trabalhar no processo educacional”.
O estado de greve será mantido até o dia 8 de junho, quando começa a ser realizado o Conselho de Representantes com trabalhadores de todo o Estado. Nesta data os educadores irão avaliar os avanços na pauta de reivindicações durante o estado de greve e discutir a necessidade de paralisação por tempo indeterminado.
Os servidores, conforme Só Notícias já informou, paralisaram as atividades desde segunda-feira (22). Entre as reivindicações da categoria estão implementação imediata do piso salarial de R$ 1.937,26 a todos os trabalhadores da educação; revisão da atual política de reajuste e incentivos fiscais, respeitando ao artigo 244 da Constituição Estadual de 1989; ampliação dos recursos da educação de forma a chegar aos 35% estabelecidos pela Constituição Estadual; garantir as horas atividades aos contratos temporários; assegurar a posse imediata dos classificados no concurso públicos e criar grupo de trabalho para a realização de novo processo seletivo para preenchimento dos cargos livres; assegurar a correção imediata da tabela salarial apoio administrativo educacional e revisar o adicional noturno dos vigias e estabelecer ações que visem o atendimento integral da pauta de reivindicações da categoria.
Já os profissionais do município permanecerão em greve por tempo indeterminado.
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