Os profissionais da rede municipal de Educação, fazem amanhã, a partir das 08h, um grande ato público em frente à secretaria municipal. De acordo com a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep), Sidinei Cardoso, ainda está sendo decidido se haverá caminhada ou não. Ela confirmou que os professores estão pedindo donativos, principalmente no comércio, para a alimentação dos colegas que estão acampados em frente à secretaria e que tiveram salários cortados. Muitos, segundo ela, receberam um valor muito baixo devido ao desconto dos dias não trabalhados no mês (cerca de 10 dias).
A assessoria jurídica do Sintep já entrou com ação para recorrer do corte dos salários. A prefeitura, por sua vez, entrou com uma ação pedindo que a greve seja decretada como ilegal, porém o desembargador deu 72 horas para o Sintep explicar os motivos que levaram à greve, antes de tomar uma decisão. O prazo vence hoje.
Conforme Só Notícias já divulgou, o prefeito Juarez Costa determinou corte no pagamento pelos dias não trabalhados. Cerca de 10%, (principalmente os contratados) desistiram da paralisação. Outros 10% não aderiram.
Os professores continuam acampados em frente à secretaria e, no canteiro da avenida das Embaúbas, colocaram um boneco com a foto do prefeito classificando de 'traidor da educação". A greve teve início no último dia 21. Os profissionais querem a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, além da equiparação salarial com os dos professores da rede estadual. Estes trabalham 30 horas semanais e recebem R$ 1.747. Os municipais cumprem 40 horas e ganham R$ 1.697. Atualmente, o município conta com 1,4 mil profissionais na rede municipal de educação.