A prefeitura aguarda o Tribunal de Justiça decidir se é legal ou não a greve dos servidores municipais da Educação, que já dura 28 dias. A administração recorreu à segunda instância, após o próprio tribunal declarar nula a sentença da comarca local, na quarta-feira (15), que havia determinado o fim do manifesto, por incompetência. O Sindicato do Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso havia recorrido da decisão. Caso o tribunal suspenda o movimento, os dias não trabalhados dos funcionários podem ser descontados e multa aplicada. Se não retornarem, servidores temporários podem ser chamados.
O prefeito Juarez Costa disse, ao Só Notícias, acreditar que “será julgado até amanhã no Tribunal de Justiça [o recurso da prefeitura]. Então, o que podíamos fazer, fizemos. Fomos ao limite. Não há mais como avançar. Não existe possibilidade. Seria comprometer as finanças do município e muitos professores estão entendendo. Acho que o Sintep tem que passar a verdade principalmente para seus sindicalizados. Não dá mais avançar”.
Os servidores estão cobrando reajuste de 6,2% retroativo (janeiro a março) pago em única parcela, na folha deste mês. Porém, o prefeitura argumenta que só pode pagar em seis vezes. O valor estimado é de R$ 555 mil. Apesar disso, alguns profissionais de várias escolas e creches voltaram ao trabalho.
Conforme Só Notícias já informou, o sindicato também quer a equiparação salarial de 30 horas semanais a todos os cargos (apoio, administrativo e técnico educacional) e que seja mantido o salário correspondente a 40 horas. A prefeitura alega que isso causaria um impacto de cerca de R$ 20 milhões e, “no momento, o município não tem condições”.
Pelo menos oito mil crianças e adolescentes estão sem aulas em Sinop. Algumas escolas e creches já retornaram as atividades, cerca de 5,1 mil estão em sala de aula.