Os servidores municipais da Educação de dez escolas retomaram, hoje, as atividades. Destas, quatro voltaram a dar aulas desde sexta-feira (26). São 2.815 estudantes em sala de aulas. No entanto, 23 escolas permanecem em greve, por tempo indeterminado, o que representa pelo menos 11 mil alunos sem aulas.
As escolas que atendem período matutino e vespertino são: Escola Municipal de Educação Básica Rodrigo Damasceno (1.133 alunos); Valmor Copatti (85); Carlos Drumond (119); José Reinaldo (308); Silvana (107); Centro Municipal de Educação Infantil Monteiro Lobato (358 alunos); Vinícius de Moraes (191); Creche Alvorada (239); Camping Clube (116); São Francisco (159).
De acordo com a assessoria, o prefeito Juarez Costa (PMDB) deve acionar a justiça ainda hoje para que o movimento seja suspenso. A greve continua, pois a administração e o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso (Sintep) não entraram em um acordo, desde a paralisação na semana passada. Os servidores não aceitaram a proposta da prefeitura. Eles querem o pagamento retroativo, de janeiro a março sem parcelamento, na folha de maio. A prefeitura, conforme Só Notícias já informou, propôs parcelar em seis vezes, sendo a primeira em maio.
Sobre a jornada de 30 horas para a equiparação dos salários dos professores da rede estadual, a prefeitura argumenta que “não será possível, em virtude da indisponibilidade orçamentária”. Porém, os servidores reivindicam que seja definida uma data limite para ocorrer e que seja estendido aos cargos técnicos e de apoio.
De acordo com o gestor, o sindicato é “quem não quer negociar”, já que a prefeitura fez o que estava ao alcance dentro do orçamento municipal. Ele afirmou que a proposta da administração está no limite financeiro e causará um impacto de R$ 11 milhões na folha de pagamento. Juarez alega que a equiparação de 30 horas gira em torno de R$ 20 milhões, o que é inviável ao município neste momento.
Na sexta-feira, o prefeito disse que não negociaria mais com o sindicato e não descartou a convocação de professores interinos. “Todas as possibilidades de acordo estão esgotadas. Já pedi para a assessoria jurídica acionar a justiça, em função da greve”, declarou.