A greve dos servidores municipais na Educação completou 22 dias. Cerca de 8 mil alunos permanecem sem aulas. De acordo com o levantamento da Secretaria Municipal de Educação, até o momento 5.178 estudantes voltaram a estudar em 18 instituições de ensino (creches e escolas). São 33 escolas e aproximadamente 13 mil crianças e adolescentes.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Mato Grosso (Sintep) aderiu ao movimento, desde o dia 22 de abril, por tempo indeterminado, depois de rejeitar as propostas salariais da atual administração municipal.
Os servidores, conforme Só Notícias já informou, querem reajuste de 6,2% retroativo (janeiro a março) pago em única parcela, na folha deste mês. Porém, o prefeitura argumenta que só pode pagar em seis vezes. O valor estimado é de R$ 555 mil.
O sindicato também quer a equiparação salarial de 30 horas semanais a todos os cargos (apoio, administrativo e técnico educacional) e que seja mantido o salário correspondente a 40 horas. A prefeitura alega que isso causaria um impacto de cerca de R$ 20 milhões e, “no momento, o município não tem condições”.
Os 1,8 mil servidores da Educação deflagraram greve no dia 26 de abril. No início do mês, foi expedida pela justiça uma liminar para a suspensão da greve. A penalidade prevê desconto em folha de pagamento ao servidor que não comparecer ao trabalho e multa diária de R$ 50 mil. No entanto, o sindicato recorreu a decisão, na semana passada.
Em Mato Grosso, 36 mil alunos estão sem aulas, nas cidades de Várzea Grande, Colniza, Curvelândia, Jangada e Sinop.