A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep) Sinop, Sidinei Cardoso (foto), afirmou, hoje, que ainda não foi notificada pela Justiça sobre a ação de ilegalidade protocolada pela prefeitura contra a greve dos profissionais da educação. Ela também alegou que ninguém da prefeitura se prontificou a negociar com a categoria. Ao Só Notícias, alegou que o "sonho das 30 horas já é realidade na rede estadual de ensino e em alguns municípios de Mato Grosso. Para deixar de ser sonho e virar realidade é preciso vontade política. É preciso fazer a tarefa de casa e diminuir o número de comissionados, tirar os cargos dos adjuntos nas secretarias. Pois não adianta a presidente Dilma aprovar 10% do PIB e o prefeito não desmamar os que estão grudados nas tetas da prefeitura, pois a justificativa será sempre o limite prudencial”.
Conforme Só Notícias já informou, a greve teve início no dia 21 deste mês e a prefeitura ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça, esta semana, para declarar a greve ilegal e apontou que não há qualquer chance de atender as duas principais reivindicações do sindicato. Os profissionais querem a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, além da equiparação salarial com os dos professores da rede estadual.
Uma planilha elaborada pelas Secretarias de Finanças e Administração, caso a proposta fosse aceita, aponta a elevação da folha da prefeitura em R$ 4,2 milhões este ano; R$ 10,3 milhões no próximo ano; R$ 15,5 milhões em 2016; R$ 19,7 milhões em 2017; e R$ 24,4 milhões em 2018.
Atualmente, o município conta com 1,4 mil profissionais na rede municipal de educação. Os professores da rede estadual trabalham 30 horas semanais e recebem R$ 1.747. Os municipais cumprem 40 horas e ganham R$ 1.697.