O representante do comando geral da greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no campus de Sinop, Yuri Barbosa detalha, esta noite, na tribunal da Câmara de Vereadores, os motivos da paralisação que já passa de 100 dias. Ele explicou, ao Só Notícias, a “necessidade de ser levado à sociedade o que realmente está acontecendo, o por que os professores estão paralisados”. Os professores devem usar camisas que “reforçam” o movimento grevista.
A proposta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) é que o piso proposto pelo governo para o início da carreira do professor graduado em 20h, de R$ 2.018,77, e reduz de 5% para 4% os degraus entre níveis remuneratórios, com evolução uniforme, fatores definidos para remuneração dos regimes de trabalho (20h x 40h x DE = 1 x 2 x 3.1) e percentual definido de cada titulação como parte constitutiva do vencimento básico (aperfeiçoamento = 7,5%; especialização = 18%; mestrado = 37,5%; doutorado = 75%)”.
No entanto, conforme Só Notícias já informou, diante da proposta, a duas fora feitas pelo governo à categoria, ambas rejeitadas. A última, previa reajustes entre 25% e 40% para todos os professores, além de antecipação da data para entrar em vigor. Mesmo com a rejeição da categoria, o governo federal anunciou que ela seria enviada ao Congresso Nacional para votação e aprovação. A intenção agora é retomar as negociações. “O governo fala que fechou o orçamento em 31 de agosto, mas em hipótese alguma ele sentou com a gente. Queremos isso desde 2010”, disse Yuri.
Atualmente a UFMT Sinop tem cerca de 200 professores e mais de 3 mil alunos. Não há previsão para o encerramento da greve. “Houve uma reunião recente do comando em Cuiabá e aqui também, e como seguimos lá, foi optado pela manutenção da greve. Estamos aguardados outros posicionamentos”, completou.