A greve dos profissionais da rede municipal de Educação, que completa hoje 17 dias, atinge atualmente 80% da categoria, de acordo com a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep), Sidinei Cardoso. Cerca de 10%, (principalmente os contratados) desistiram “depois que a prefeitura cortou os salários, fez pressão e assédio moral”. Outros 10% não aderiram.
A dirigente diz que a maioria se mantém firme e a assessoria jurídica do Sintep já entrou com ação para recorrer do corte dos salários. Conforme Só Notícias já divulgou, o prefeito Juarez Costa determinou que não fossem pagos os dias não trabalhados. Alguns servidores receberam valores pequenos.
A prefeitura entrou com uma ação pedindo que a greve seja decretada como ilegal, porém o desembargador deu 72 horas para o Sintep explicar os motivos que levaram à greve, antes de tomar uma decisão. O prazo vence nesta quinta-feira.
Sidinei ressaltou que a prefeitura ainda não manteve nenhuma comunicação nem abriu diálogo para uma negociação.
Os professores continuam acampados em frente à secretaria e, no canteiro da avenida das Embaúbas, colocaram um boneco com a foto do prefeito classificando de 'traidor da educação".
Os professores tem feito uma “vigília” diária, com cartazes e faixas em frente à secretaria municipal de Educação, que se mantém fechada nos últimos dias. “Dizem que está fechado porque vão mudar de prédio mas, enfim, eles só mantém expediente interno”.
Está sendo programado para quinta ou sexta-feira, um grande manifesto da Educação, com apoio dos professores da rede estadual. A greve teve início no último dia 21. Os profissionais querem a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, além da equiparação salarial com os dos professores da rede estadual. Estes trabalham 30 horas semanais e recebem R$ 1.747. Os municipais cumprem 40 horas e ganham R$ 1.697. Atualmente, o município conta com 1,4 mil profissionais na rede municipal de educação.