O governador Silval Barbosa (PMDB) confirmou as negociações com a Universidade Federal de Mato Grosso para a abertura do curso de medicina no campus de Sinop. Além de atender o maior município do Nortão, o gestor estadual apontou a busca por parceiros em Rondonópolis, para que o curso também seja instalado. Prazos não foram estimados. “Quando tivermos os cursos nessas cidades, certamente Mato Grosso estará bem atendido nesta área de formação de doutores. É uma meta ousada, mas possível”, destacou.
A instalação nas duas cidades já foi sinalizada, no ano passado, pelo deputado federal Pedro Henry (na época, secretário de Estado de Saúde). Ele destacou que, para Rondonópolis, as conversas estavam sendo mantidas com uma instituição de ensino superior privada. Já em Sinop, as discussões se mostram mais avançadas. Em setembro do ano passado, uma audiência pública sobre o assunto, proposta pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB), foi realizada com a reitora da universidade, Maria Lúcia Cavalli Neder, e o pró-reitor do campus sinopense, Marco Antônio Pinto. Os resultados do encontro foram encaminhados ao secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, juntamente com pedido de apoio para viabilização do projeto e outros procedimentos.
Até este ano, o curso era disponibilizado apenas em Cuiabá, pela UFMT e uma faculdade privada. Para este segundo semestre, a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) abrirá 30 vagas em Cáceres. “Sempre foi um sonho da universidade pública estadual em ter um curso de medicina e agora nós oportunizamos. Vamos colocar mais orçamento e possibilitar que os alunos que não têm condições de pagar uma universidade particular possam ingressar no curso de medicina, pago pelo Estado”, destacou o gestor estadual.
Além do Executivo estadual se posicionar a favor da ampliação do curso, o Ministério da Educação também já anunciou o aumento em todo o país. Conforme Só Notícias informou, no início deste mês o ministro Aloísio Mercadante destacou que o objetivo é ampliar o número de vagas nas instituições federais já existentes, além de criar novas faculdades nas unidades que ainda não oferecerem para, deste modo, aumentar a disponibilidade de profissionais para atender um grupo a cada mil habitantes. Até 2020, a meta é elevar para 2,5 médicos para cada mil brasileiros (atualmente é de 1,8).