Filmes, teatro e histórias improvisadas. O que essas atividades têm a ver com leitura? Tudo, e estão todas juntas no programa Inclusão Literária, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o projeto homônimo executado pelo historiador e produtor cultural Clovis Matos. A ação, implantada este ano, trabalha no incentivo à leitura de forma lúdica e conta com um investimento de R$ 50 mil, o que permitirá a aquisição de mais de seis mil obras literárias infantis e infanto-juvenis.
O acervo será entregue a escolas estaduais de seis municípios até o final deste ano, sendo cerca de mil livros para cada cidade. Eles serão usados na implantação de minibibliotecas nas unidades escolares, comunidades e distribuídos diretamente aos alunos, que poderão escolher entre as obras ofertadas. A iniciativa tem o apoio de Clovis Matos, que desde 2005 desenvolve em Mato Grosso ação semelhante.
O programa também conta com uma agenda destinada aos professores, em que os profissionais participam de oficinas de teatro e audiovisual. Os educadores aprendem a desenvolver ações lúdicas e inclusivas de incentivo à leitura.
De acordo com a coordenadora de Projetos Educacionais da Seduc, Mariana Máximo, em outubro a ação já passou por Juína e Nortelândia, onde teve distribuição de livros e atividades como cinema na escola e contação de histórias – momento em que os jovens, criando e cantando uma construção narrativa colaborativa, promovem um desfecho ao conto proposto.
Nesta quinta-feira (29.10), em que se comemora o Dia do Livro, o programa está em Nobres, onde permanece até o sábado (31.10). Depois será a vez de Santo Antônio de Leverger, entre os dias 05 e 07 de novembro. Neste município, o programa será realizado na zona urbana e rural, passando pelas comunidades de Varginha e Santa Claudina. Várzea Grande e Cuiabá também estão na agenda de novembro.
Além da doação de livros, as comunidades desses municípios, não só de escolas estaduais, também são beneficiadas com a apresentação de filmes de forma gratuita em locais públicos com a ação denominada “Cinema na praça”.
“Esse é o período de experiência. Em 2016 vamos melhorar e ampliar o programa. Com essas seis escolas plantamos a sementinha do interesse pela leitura nos alunos e também colaboramos para que os professores realizem ações nesse sentido”, pontuou Mariana Máximo.
A instituição que recebeu o projeto pela primeira vez e serviu de pontapé para a ação foi a Escola Estadual Eliane Digigov Santana, no bairro Bela Vista, em Cuiabá, no dia 05 de outubro deste ano. Na ocasião, mais de 300 obras foram doadas aos estudantes da participaram das atividades.