O secretário estadual de Educação se comprometeu, esta noite, em reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em enviar, nesta quarta-feira (4), ao governador Silval Barbosa, a proposta de incremento nos recursos para pasta. O diretor financeiro do sindicato, Orlando Francisco, disse que o secretário encaminhará ao governador a proposta da categoria. ” E a previsão é que na quinta-feira (5) tenhamos uma nova reunião”.
Uma cópia da proposta, que eleva o atuais 25% das receitas arrecadadas pelo Estado destinados à educação pública para a 27,2%, também será entregue ao Sintep. O reajuste no percentual permitirá ampliar a destinação dos recursos para pagamento da folha dos educadores, dos atuais 60% para 65%.
A assessoria do Sintep informou que o estudo realizado já foi apresentado para o governo estadual como forma de comprovar que as reivindicações da categoria são possíveis de serem implementadas. Porém, durante a reunião técnica ocorreram algumas divergências em relação aos números apresentados na tabela, em que constam a arrecadação de impostos, porém não comprometem a implementação dos itens reivindicados.
O secretário de articulação sindical do Sintep, Julio Viana, explicou que entre as irregularidades na folha de pagamento e que precisam ser melhoradas está o desconto do vencimento dos aposentados. A incidência dos valores na folha da educação é inadequada e poderá permitir os investimentos na pauta que é exigida pela categoria.
Conforme Só Notícias já informou, fazem parte da pauta de reivindicações a garantia do pagamento da hora-atividade e a política de dobrar o poder de compra em até 7 anos. Na prática, os profissionais da educação deverão receber o reajuste salarial de 10,41% ao ano a partir de 2013 (retroativo a maio).
A greve dos trabalhadores da educação da rede estadual de ensino completou hoje 23 dias. Na próxima sexta-feira (6), às 9h, haverá audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar dos temas da educação. Um acampamento foi montado na segunda-feira (2) no Centro Político Administrativo como forma de pressionar o governo para a negociar.