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Projetos de alunos em MT estimulam economia e evitam desperdício

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A 2ª edição da Feira de Ciências da Educação Básica de Mato Grosso (Feceb MT), promovida pela Secretaria de Estado de Educação, apresenta projetos que alavancam a economia e evitam o desperdício. Há ainda aqueles que priorizam a preservação do meio ambiente. Interessados em conhecer um pouco mais das 43 ideias que estão expostas no Cenarium Rural, em Cuiabá, devem se apressar, pois o evento termina na quinta-feira (8).

No encerramento serão conhecidos os 20 melhores que receberão a premiação, uma bolsa de Iniciação Científica Júnior do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para o desenvolvimento do projeto, além de certificação de participação no evento.

Pelo menos dois dos premiados na feira do ano passado retornaram ao evento este ano para apresentar o produto final. Um deles o Protótipo Econômico para Alunos Portadores de Necessidades Especiais (PEAPNE) e outro, o Levantamento da Avifauna da Mata Ciliar no Córrego Buriti, de Tangará da Serra.

É com essa visão de poder concluir e colocar em execução as ideias que os alunos montam suas invenções. Da Escola Estadual Mário Corrêa da Costa, do município de Paranaíta, no Norte do estado, por exemplo, os estudantes Micaela Ivo Romero e Matheus Pascoal Heinzen vislumbram a sustentabilidade com ar condicionado, ou seja, o aproveitamento da água tanto para limpeza quanto para regar as plantas, uma vez que é imprópria para o consumo.

“Esta é a segunda fase do projeto, que é de pesquisa. Agora vamos entrar na 3ª fase, que é a que depende de apoio e mão de obra de um engenheiro civil para a implantação. Sabe como é, tudo precisa passar pelo engenheiro que desenhará o projeto”, explicou a aluna.

Matheus, que divide as explicações com Micaela, tratou de defender a iniciativa. Disse que a execução contribuirá com a pintura e paredes da escola. “A captação da água vai evitar que a pintura seja danificada, manche e crie rachaduras que causam infiltração nas paredes. Além das calçadas que também são prejudicadas com as rachaduras”.

De acordo com os cálculos da dupla, 324 litros de água são desperdiçados diariamente com o uso dos ares condicionados da escola, que eles estudam. Isso resulta num desperdício de 1.620 litros por semana.

Devido à escassez de água na Escola Estadual Geny Silvério, de Alta Floresta, alunos pesquisadores inventaram um meio de minimizar a falta do líquido utilizando as calhas. A ideia é captar a água em uma caixa grande de cimento para o consumo, usando a gravidade para abastecimento. Também precisa de parceria para execução. Enquanto isso, “o projeto ganha repercussão em casa, tem alguns pais interessados em implementa-lo em suas residências”.

Outro destaque é um projeto sobre os impactos causados pelo cemitério municipal de Juína. A degradação atinge os lençóis freáticos por meio da chorume, líquido liberado na decomposição dos corpos.

“Um corpo de 70 kg, por exemplo, tem 30 litros de necrochorume que penetra no solo e atinge os lençóis d’água. Os moradores que tem poço em casa ou consomem água do Departamento de Água e Esgoto afirmaram (por meio de questionário) que sentiram gosto de metal ou se depararam com a presença de gordura na água”, revelou uma das estudantes.

Como solução para o problema, Yasmim Gonçalves da Rocha e Larissa Eshiley de Oliveira, alunas do 8º e 9º, apresentam o processo de desidratação do corpo antes do sepultamento.

“Muitos acham que a cremação resolve. Não, porque de certa forma, ela contamina o ar. O melhor é a desidratação”, explicou Yasmim, com base na pesquisa apurada.

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