Alunos das escolas de ensino médio Pindorama e André Maggi, em Rondonópolis; e das de ensino fundamental Antônio Epaminondas e José de Mesquita, em Cuiabá; Daury Riva, em Juara; e Alfredo de Araújo Granja, em Arenápolis, vão passar dois períodos na escola. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) implantará o projeto piloto “Educação Integral em Tempo Integral” nestas unidades.
A iniciativa foi pensada visando uma educação que discuta e construa valores e cidadania, além do acompanhamento e aprofundamento pedagógico. A efetivação do projeto contará com ampliação de recursos em diversas áreas, entre elas de infraestrutura e equipamentos, e remodelagem da estrutura organizacional.
De acordo com o secretário-adjunto de Política Educacional, Gilberto Fraga de Melo, não se trata apenas de ampliar a carga horária (que passará a ser de oito horas), mas inserir temáticas diversificadas e garantir maior integração desse aluno no seu contexto social e jovial. “Para isso, devemos fazer significativas adequações na estrutura física das unidades para criarmos um ambiente favorável ao aluno”, disse. Ele ressalta que a escola precisa ser atrativa e agradável ao estudante, de forma que promova a interação entre o desejo de aprender e o aprendizado.
Para a escolha das escolas foram considerados pontos como a demanda de novas matrículas, salas ociosas, crescimento populacional em torno da unidade com sinais de estagnação, entre outros. “Também foram realizadas reuniões com a comunidade escolar para saber se era favorável ou contra a implantação”.
A princípio, as escolas de Ensino Fundamental escolhidas já têm uma perspectiva na área, por conta dos trabalhos do Mais Educação, que disponibilizava atividades extraclasse para os estudantes. E no caso das escolas de nível médio, também já atuam com o Ensino Médio Integrado da Educação Profissional, e estão em regiões centrais, tanto a de Cuiabá como a de Rondonópolis.
Tanto para o ensino fundamental quanto para o médio, as ações foram criadas a partir de macrocampos. O diferencial é que para o EM todos os componentes terão a mesma carga horária, sejam as disciplinas curriculares ou as diversificadas. São oito itens definidos: Acompanhamento Pedagógico, Leitura e Letramento, Iniciação Científica e Pesquisa, Língua Estrangeira, Cultura Corporal, Produção e Fruição das Artes, Comunicação, Cultura Digital e uso das Mídias e Participação Estudantil.
Para o EF preservam-se as matérias da Matriz Curricular da Base Comum previstas para o 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano, sendo as atividades Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, com a carga horária específica, e acrescenta-se a parte diversificada. São elas: atividades esportivas e motoras (futsal, handebol, voleibol, basquete, atletismo, xadrez, lutas) e formação pessoal e social (empreendedorismo social, educação para o trânsito, educação em valores, economia solidária e criativa/educação financeira e fiscal, educação em direitos humanos, promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos a saúde, horta escolar e/ou comunitária e jardinagem escolar).
A expectativa é de que em 2017 outras 26 escolas passem a ofertar o ensino em período integral.