Um grupo de aproximadamente 300 professores, técnicos e acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realizam, neste momento, uma passeata pela avenida Júlio Campos (a principal do município). Com cartazes, apitos e um carro de som, o grupo protesta e mostra para a população sinopense a atual situação vivida pelo ensino superior no país. A partir de amanhã, está programada a greve geral dos professores da UFMT. Já os técnicos devem entrar em greve em junho ou julho.
O protesto iniciou por volta das 17h, o grupo foi até a Catedral e os manifestantes retornaram até a UFMT. De acordo com a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e acadêmica de Engenharia Florestal, Aline Pilocelli, os universitários também são favoráveis ao movimento grevista. Em assembleia recente do diretório, os acadêmicos também decidiram “fazer greve”, ou seja, deixarão de frequentar as aulas até o governo federal dar uma resposta positiva sobre as reivindicações.
A greve a ser deflagrada amanhã pede mais do que reajuste salarial para os professores. Segundo o sindicato da categoria, são reivindicadas também melhores condições de trabalho, investimentos e modernização das instituições federais. Pontos estes compartilhados pelos acadêmicos. “Nós [alunos] também precisamos de um ensino de qualidade, precisamos ter mais estrutura para nossa qualificação. Até por isso, estamos apoiando a greve dos professores”, ressaltou a presidente do DCE.
A categoria busca melhores condições de trabalho, além de sensibilizar opinião pública para a desvalorização da carreira que, segundo o próprio grupo, está “há mais de 20 anos vem sendo negligenciada por todos os governos”. O menor salário do docente federal hoje é R$ 557,51, por 20 horas. É reivindicado piso proposto pelo Dieese, de R$ 2.322,35.
(Fotos: Só Notícias/Marcilio Azevedo)