Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) se reúnem, nesta tarde, em assembleia geral, em Cuiabá, para votar possível indicativo de greve dos profissionais da rede estadual. Os diálogos iniciaram ainda no final de semana e, na pauta de reivindicações, constam cobranças pela aplicação do piso salarial de R$ 1.937,26 e melhorias urgentes em prédios de pelo menos 17 unidades educacionais. Os profissionais vão se reunir na escola Presidente Médici.
O piso praticado atualmente para jornada de 30 horas semanais é de R$ 1.452 e, de acordo com o sindicato, o novo valor (previsto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação – CNTE) deveria ter sido aplicado a partir de maio do ano passado, quando houve o reajuste. A proposta de greve é discutida desde então, quando a reivindicação do referido piso não foi aceita pelo governo estadual.
A reforma das unidades educacionais é a outra principal reivindicação. O Sintep aponta que há casos de escolas que não recebem melhorias há 3 anos. Em Alta Floresta, por exemplo, nenhuma das 18 salas de aula possui ar refrigerado. Os equipamentos estão disponíveis, mas encaixotados por falta de estrutura elétrica. Na mesma cidade há ainda a situação da construção do prédio próprio do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), cujos trabalhos estão parados há um ano por problemas com empreiteira. Em Cuiabá, Sinop, Cáceres, Tangará da Serra e Barra do Garças, também há escolas aguardando por reformas e melhorias.
Em recente entrevista ao jornal A Gazeta, o presidente do Sintep no Estado, Henrique Lopes Nascimento, destacou que montará um dossiê para levar a lista de irregularidades à Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Ele afirma que anualmente estes problemas se repetem e as reivindicações são feitas, mas a rede recebe poucas ações de resposta.
Segundo dados da Seduc, a rede estadual têm atualmente cerca de 400 mil alunos entre as 739 unidades educacionais em funcionamento.