Gestores da Secretaria de Estado de Educação participaram, hoje, da oitava audiência pública sobre o Ciclo de Formação Humana, a chamada escola ciclada, encerrando a série de debates que ocorreu em 8 polos, iniciada em março, em Rondonópolis e, posteriormente, em Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra, Cáceres, São Félix do Araguaia e Barra do Garças. “Nossa intenção é entender as dificuldades e apresentar caminhos para a qualidade do ensino no Estado”, destacou Wilson Santos, autor da proposta, ressaltando que, a partir de agora, será elaborado um diagnóstico para ser apresentado à sociedade e enviado ao governador Pedro Taques, para definições futuras no ensino mato-grossense.
Para o secretário de Educação, Permínio Pinto, a iniciativa promove uma análise reflexiva sobre a prática educativa e sobre a organização curricular por Ciclo de Formação Humana, os avanços, limites e possibilidades, bem como as perspectivas para o Estado. “Temos na Seduc uma comissão, composta por diversos segmentos da sociedade e instituições de ensino, que vem discutindo a questão, e também estamos realizando uma autocrítica sobre a forma que processo foi iniciado e como vem sendo desenvolvido o trabalho".
O grupo, que tem o prazo de 180 dias para entregar um diagnóstico, se baseia nos aspectos filosóficos, sociológicos e políticos, analisando as falhas e lacunas ocorridas desde o início da implantação do sistema em Mato Grosso; planejamento; formação inicial e continuada dos docentes; avaliação e participação da família.
A audiência, hoje, reuniu gestores e professores de diversas unidades escolares da baixada cuiabana, além de autoridades e representantes de classe como a presidente do CME, professora Regina Lúcia Borges Araújo, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Antônio Carlos Máximo, a representante do Sintep/MT, Maria Selma Oliveira, a secretária adjunta de Educação de Cuiabá, Marioneide Angélica Kliemaschewsk, o presidente do CEE, Carlos Alberto Caetano, o secretário adjunto de Políticas Educacionais e o superintendente de Formação Profissional da Seduc-MT, Gilberto Fraga e Otair Rodrigues Filho, respectivamente.
Implantada há mais de dez anos no Estado, a organização curricular por Ciclo de Formação Humana ainda enfrenta resistência. Há muita reclamação sobre a forma de implantação, sobre as condições para a execução em sua totalidade. O modelo de separação por séries foi substituído por três períodos de três anos cada um. A aprovação passou a ser automática e os alunos com idade idêntica ou parecida são colocados na mesma turma. Na prática, houve redução da repetência e da evasão, que já chegaram a representar mais de 34% no Estado.
A informação é da assessoria.