A maioria dos professores estaduais, filiados ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), em Sinop, não quer parar as atividades em protesto à medida do governo de recompor 3,11% das perdas inflacionárias sobre os subsídios na data-base de maio e a outra metade em novembro. A decisão saiu após assembleia, esta tarde. No total, 74 profissionais não querem parar e 19 são favoráveis.
O diretor regional da sub-sede, Valdeir Pereira, disse que o resultado será levado para discussão, em Cuiabá, durante o Conselho de Representantes e a Assembleia Geral, que acontecem entre os dias 6 e 8. “A maioria entendeu que não era o momento para uma greve. A gente vai levar este indicativo. Se for aprovada a greve, a gente volta a discutir a situação aqui no município, até porque o plenário é soberano”, afirmou.
Conforme Só Notícias já informou, o governo mantém a proposta de recomposição de 6,22% para todos os servidores, ainda este ano. No salário de maio foram 3,11% do reajuste geral anual (RGA) e o governo propôs pagar a outra metade em novembro. Além disso, firmou compromisso de pagar em janeiro do próximo ano o valor retroativo dos meses de maio a outubro, em uma única parcela.
O pagamento do reajuste geral anual, previsto na Lei 8.278, de 2004, terá impacto sobre a folha de pagamento de 94.381 servidores do Executivo Estadual. Deste total, 40.301 são servidores efetivos; 4.474 são efetivos com comissão, 20.609 são temporários, cuja tabela salarial é baseada na tabela dos servidores efetivos; 23.498 são servidores aposentados e, por fim, 5.499 são pensionistas.
O secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, esclareceu que a integralidade do reajuste não pôde ser concedida em maio porque o governo já alcançou o limite de 49% da receita com folha salarial. A Lei de Responsabilidade Fiscal não permite ultrapassar esse teto, sob pena do governo do Estado ser penalizado com o bloqueio de recebimento de recursos da União e a realização de novos contratos com bancos para investimento.