Professores e funcionários de apoio da rede municipal de Educação de Cláudia (80 km de Sinop), que bloquearam por duas vezes a MT-423, que liga o município a Sinop, ontem, voltaram ao trabalho hoje. O protesto foi em cobrança pela aplicação do piso salarial no valor de R$ 1.451 e melhorias nas estruturas educacionais nos assentamentos. Entre elas, transporte escolar, estradas e também na área saúde, já que integrantes do Movimento Sem Terra (MST) também reforçaram a mobilização.
O presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Edson João Sauthier, disse, ao Só Notícias, que a decisão da retomada dos trabalhos foi em consenso, diante do pouco avanço nas negociações. Ele afirmou que a administração municipal sinalizou ações, pelo menos em relação às reivindicações nos assentamentos. No entanto, foi dado prazo de 30 dias para que as discussões das outras cobranças avancem. Caso isso não aconteça, não descartou um acampamento em frente a sede do Poder Executivo, como ocorreu ontem, depois da liberação da rodovia.
Há poucos dias, a administração municipal ofereceu reajuste de 2,9% para os professores e 5% aos profissionais de apoio, o que não agradou a classe, sendo esta proposta rejeitada. A administração municipal argumenta ser o que tem condições de oferecer, sem comprometer as outras receitas.
Conforme Só Notícias já informou, aproximadamente mil alunos da rede municipal ficaram sem aula durante a mobilização. A escolas estaduais também aderiram em apoio.