Professores da Universidade Federal de Mato Grosso decidir, esta tarde, em assembleia geral convocada pela Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) suspender as aulas, por tempo indeterminado, em todos os campi. Haverá outra assembleia, quinta-feira, às 14h, para marcar o ato inicial da paralisação e outros encaminhamentos. A maioria dos professores votou pela paralisação.
Depois de um ano de cobranças, a categoria foi surpreendida hoje com a assinatura da MP 568, que autoriza o reajuste de 4% e a incorporação da Gemas. Porém a MP nem menciona a questão da carreira. Conforme o presidente da Adufamt, professor Carlinhos Eilert, “essa MP é mais uma forma do governo enrolar a categoria”.
Além de melhores condições de trabalho, os professores das federais também querem sensibilizar a opinião pública para a desvalorização dessa carreira que já teve status e respeito, mas há mais de 20 anos vem sendo negligenciada por todos os governos, por isso está no chão da pirâmide hierárquica do serviço público federal. O menor salário do docente federal hoje é R$ 557, 51, por 20 horas. A categoria quer o piso proposto pelo Dieese, que é de R$ 2.322,35Uma pauta interna, com especificidades locais será elaborada pelos professores que reivindicam melhorias do Restaurante Universitário (RU) e da Biblioteca Central. Pedem investimentos nos cursos de pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado. Criticam o modelo produtivista que contaminou a produção intelectual na universidade, que está, muitas vezes, a serviço de empresas e não da sociedade. Critica também as terceirizações do trabalho na instituição e as regras do estágio probatório aplicadas aos concursados.