Os professores e técnicos da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) decidiram, nesta quarta-feira, em assembleias realizadas em diversos campi do Estado, aderir à greve geral marcada para esta sexta-feira (10). O movimento foi convocado pelas centrais sindicais em protesto contra a reforma trabalhista e previdenciária, “e políticas de retirada de direitos”.
Em nota, a Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) informou que a paralisação também será contra o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos. A entidade alega que o projeto “ataca os serviços públicos que atendem à maioria da população de Mato Grosso, com impacto direto na Unemat”. A Adunemat ainda informou que protestará “contra o eventual atraso (escalonamento) do pagamento de subsídios de todo o funcionalismo, possibilidade levantada por representantes do governo do Estado”.
Ontem, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso decidiram também aderir à mobilização nacional. A categoria avaliou que não faltam motivos para a paralisação: cortes sistemáticos de recursos que comprometem as atividades da universidade; 20 anos de congelamento dos recursos públicos; (contra) reforma trabalhista, que fragiliza a garantia de direitos conquistados a partir de anos de luta, como reajuste salarial anual, horário de almoço, férias, carga horária definida, contrato formal com carteira assinada, dentre outros.
“De modo geral, a avaliação dentro da universidade é de que a situação está insustentável e que a tendência é piorar. Há uma grande insatisfação com o cenário, mas ao mesmo tempo uma indisposição para construir a resistência, um sentimento de terceirização da luta. As pessoas respeitam as decisões tomadas pelas entidades que as representam e até param, mas não comparecem às atividades programadas. Enquanto nós estamos nesse processo letárgico, o governo avança rapidamente na retirada de direitos”, avaliou, através da assessoria, a professora Alair Silveira, diretora da Adufmat-Ssind.