A presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) em Sinop, Sidnei de Oliveira Cardoso, afirmou que os professores da rede estadual não aderiram a suspensão das atividades durante o dia de hoje. Ela explicou que, esta manhã, teve assembleia geral para discutir o assunto com os demais profissionais e que uma paralisação na cidade ficou pré-agendada para a próxima quarta-feira (1º de setembro), caso a Secretaria de Estado de Educação não resolva a situação. De acordo com a presidente, em Sinop nenhum aluno está sem aulas embora a situação não é das melhores. Ela explica que para não deixar os alunos sem aulas nas escolas o “jeitinho brasileiro” está sendo adotado. Em várias unidades há coordenadores que voltaram para as salas de aulas para não deixarem os alunos sem estudar. “Há muitos coordenadores fazendo jornada dupla e isso pode acarretar em mais problemas futuramente. Por este fato, nenhuma escola de Sinop ficou sem aula por falta de professor”, disse, em entrevista ao Só Notícias.
Na assembleia de hoje ficou definido que, até segunda-feira (30), o Sintep de Sinop fará levantamento da real situação vivida na rede estadual de ensino do município. Neste levantamento será apontado o número exato de profissionais que faltam nas salas de aulas. O Sindicato pretende saber o número exato de profissionais que estão de licença médica, afastado e assim por diante. Este documento deverá ser apresentado na terça-feira (31), em uma reunião, que deverá contar com professores, alunos e pais para expôr a verdadeira situação do ensino no município.
Conforme Só Notícias já informou, a direção estadual do Sintep confirmou hoje a paralisação estadual das atividades em protesto contra o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral por vetar a contratação de professores que faltam na rede estadual de ensino. O presidente estadual do Sindicato, Gilmar Soares, declarou, em entrevista ao Só Notícias, que esta paralisação por um dia (e de outras que podem parar por mais tempo) não prejudicará mais os estudantes do que eles já são prejudicados. Segundo ele, há escolas que não tem um mínimo de professores para ministrar as aulas e isso sim prejudica o andamento do ano letivo para os alunos da rede estadual de ensino.
Em Lucas do Rio Verde, houve passeata com concetração em frente ao fórum e a maioria dos profissionais da rede estadual aderiu. Em Nova Mutum, também houve adesão de grande parte dos professores.