Os professores da rede municipal de Educação terão o mesmo salário inicial dos educadores da rede estadual, ou seja, R$ 2.652,50 por 30 horas de trabalho por semana. A medida passa a valer a partir do vencimento de agosto, que será pago no próximo mês. O salário atual era de R$ 2.314,58 e, com isso, a categoria ganhou um aumento 14,6%.
O projeto de Lei que equipara os vencimentos dos profissionais do município ao do Estado foi aprovado, ontem, pelos vereadores e segue para a sanção do prefeito em exercício Miguel Vaz. De acordo com a vereadora Cleusa de Marco (PT), a medida é válida apenas para os profissionais com curso superior, mas o reajuste no salário base dos professores melhora os vencimentos de toda a categoria.
“Com o aumento no salário base, que antes do projeto era de R$ 2.314,58, a gente melhora principalmente a situação dos professores que estão começando na carreira, que é a grande maioria. No caso dos professores com tempo de serviço e elevação superior, o ganho real médio chega a 7%.”
A luta pela equiparação salarial vinha sendo discutida desde o ano passado dentro da comissão de estudos formada por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública de Mato Grosso (Sintep).
Segundo a presidente Tânia Jorra, além do ganho real sob os salários dos professores com curso superior, os profissionais com formação magistério também foram beneficiados com aumento de mais de 10%. “Com o aumento no piso do magistério, o salário dos professores sobe de R$ 1.578,36 para R$ 1.768,33, maior que o piso nacional (R$ 1.697,37) e que o piso do Estado de Mato Grosso, que é de R$ 1.739,25.”
Além dos aumentos, os vereadores aprovaram o projeto de lei 86 que garante reajuste de no mínimo 2%, acima da inflação para 2015 e novamente a equiparação salarial com o Estado em 2016, caso o índice aplicado pelo município seja inferior ao da rede estadual.
Em Sinop, os professores municipais estão há mais de 25 dias em greve cobrando equiparação salarial com os estaduais e redução da jornada de trabalho para 30 horas. A prefeitura alega que não tem caixa, já acionou a justiça pedindo para decretar a greve ilegal e cortou ponto dos grevistas. Cerca de 60% dos 13 mil alunos estariam sem aulas. O Sintep critica o prefeito Juarez Costa pelo corte e por não dialogar com a categoria, que aceita a equiparação ser feita em até 3 anos.
(Atualizada às 17:48h)