Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso realizam, na quinta-feira (24), nova assembleia, na sede do sindicato em Cuiabá, para avaliar o movimento grevista e possíveis movimentações futuras. Hoje completa seis dias que os docentes estão de braços cruzados. Ontem, um grupo esteve reunido com a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, que declarou apoio ao movimento dos docentes.
De acordo com a assessoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), o movimento grevista em Mato Grosso ganhou apoio importante. “Historicamente os cursos de pós-graduação da UFMT nunca haviam aderido à greve. Desta vez, já estão parados, conforme foi notificado ao comando local de greve, o Mestrado de Política Social do Departamento de Serviço Social e o Mestrado e Doutorado do Instituto da Educação (IE)”, destaca nota.
Das 64 instituições federais de ensino superior, 39 já aderiram ao movimento nacional. Em Mato Grosso, a UFMT tem campus em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Somando todos os campi, cerca de 20 mil alunos estão sem aulas.
A categoria busca melhores condições de trabalho, além de sensibilizar opinião pública para a desvalorização da carreira que, segundo o próprio grupo, está “há mais de 20 anos vem sendo negligenciada por todos os governos”. O menor salário do docente federal hoje é R$ 557, 51, por 20 horas. É reivindicado piso proposto pelo Dieese, de R$ 2.322,35.