Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acabam de decidir pelo encerramento da greve que durou 127 dias. Votaram pelo fim da greve 89 docentes e pela permanência 36. Foram registradas três abstenções. Eles decidiram retomar as aulas dia 1º de outubro. Os docentes da UFMT acataram o indicativo do sindicato nacional (Andes), que recomendou, no domingo (16), pelo encerramento do movimento.
Esta decisão vale para os campi de Cuiabá, Sinop e Barra do Garças. Em Rondonópolis, há um sindicato a parte e que não integra os quadros da Adufmat. No entanto, tudo indica que o campus rondonopolitano também haverá retorno das atividades. No entanto, não há informações sobre quando ocorrerá a volta nesta unidade.
A Adfumat aponta que as informações sobre o novo calendário escolar e reposição de aulas deve ser debatido e, posteriormente, anunciado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), órgão máximo de deliberação pedagógica, cujo presidente é o vice-reitor, Francisco Souto. Ou anunciado diretamente pela reitora Maria Lucia Cavalli Neder.
Conforme Só Notícias já informou, o comando nacional de greve decidiu pela “suspensão unificada da greve nacional dos docentes” após “criteriosa avaliação do quadro das assembleias gerais”. O sindicato afirma que seguirá atuando “na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho.
A principal cobrança dos professores foi reestruturar o plano de carreira e melhorias na infraestrutura das instituições. O governo federal apresentou duas propostas. Uma concedendo reajuste nos próximos três anos, além dos 4% previstos pela medida provisória e a reestruturação da carreira passando pela redução de 17 para 13 níveis. A categoria rejeitou expondo que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Ministério do Planejamento “foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015”, mas que, mesmo assim, “a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários”.
A greve dos docentes já dura mais de quatro meses. Recentemente, a reitora previu que o calendário de aulas deve demorar até três anos para ser colocado em dia.
(Atualizada às 17h40)