Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso esperam que os representantes do Estado, na bancada federal, auxiliem na retomada das negociações entre a categoria e o governo federal, que já afirmou que os diálogos entre ambos se encerraram. A categoria aguarda o agendamento de uma reunião entre o Comando Local de Greve e bancada federal desde o último dia 14. A bancada federal de Mato Grosso é composta por oito deputados federais e três senadores. A expectativa da categoria é que a resposta sobre a audiência seja dada em breve.
O objetivo, segundo a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), é os parlamentares do Estado usarem as tribunas do Senado e da Câmara Federal para exigir do Governo a reabertura das negociações. Os professores querem, também, que os parlamentares passem a integrar a Frente Parlamentar pela Reabertura das Negociações, que está sendo instalada em Brasília (DF). O principal argumento dos profissionais é que o governo se retirou da mesa de negociação e assinou um acordo com um sindicato que representa menos de 5% da categoria, que está em greve há três meses.
Conforme Só Notícias informou, duas propostas foram feitas pelo governo à categoria, ambas rejeitadas. A última, prevê reajustes entre 25% e 40% para todos os professores, além de antecipação da data para entrar em vigor. Mesmo com a rejeição da categoria, o Governo Federal anunciou que ela seria enviada ao Congresso Nacional para votação e aprovação. Na última semana, o Ministério da Educação solicitou o plano de reposição de aulas perdidas da UFMT e demais instituições que estão com atividades paradas. Um dos objetivos era fazer com que as unidades retomassem imediatamente as atividades acadêmicas, no entanto, a UFMT apontou, por meio de assessoria, que o plano será elaborado após o movimento.