A greve dos professores e técnicos da rede municipal de Cuiabá vai continuar. Em assembleia geral, realizada esta tarde, a categoria rejeitou a proposta apresentada pela Secretaria Municipal de Educação. Mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, de declarar a paralisação ilegal, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) subsede Cuiabá, João Custodio Silva, afirma que a greve continua. “Para nos sindicalistas toda greve é legal”.
A pauta de reivindicação da categoria é a seguinte: reajuste de 12,4%, concurso público, reforma das unidades educacionais, revisão da lei orgânica, publicações de processos (aposentadoria, licença prêmio) e elevação de nível (qualificação dos profissionais).
Em contraproposta a prefeitura propôs um aumento de 9,31% de reposição inflacionária e um ganho real a partir de janeiro de 2016 de 2,30%; concurso público com divulgação do edital para 3394 vagas em setembro; e as demais reivindicações segundo calendário da já elaborado pela secretaria de educação.
Com a rejeição da proposta apresentada pela gestão municipal, as negociações voltam à estaca zero. A categoria cobra além do reajuste salarial a reforma das escolas e creches.
A professora Elijane Lopes da escola municipal de Ensino Básico Celina Fialho Bezerra, do bairro Altos da Serra, afirma que além de aumento salarial os professores cobram uma estrutura de qualidade para trabalhar. “Cada sala tem apenas dois ventiladores que não funcionam direito, metade do tempo que estão em sala de aula os alunos estão se abanando. Nossa escola por ser da periferia nem costa na lista da secretaria para reforma ou reparos”.
Nesta sexta-feira (4), o sindicato irá se reunir às 7h30 para reformular a pauta de reivindicações e também organizar um cronograma de visita nas escolas e creches municipais no intuído de mais profissionais aderirem a mobilização.
Segundo o presidente, 65% das escolas e creches de Cuiabá estão paralisadas. “Em algumas unidades a paralisação é parcial e outras apenas um ou outro profissional adere como é o caso da escola Professora Maria Dimpina Lobo Duarte que tem apenas um professor mobilizado”.
Para a próxima terça-feira (8) os profissionais da educação irão se reunir a partir das 15 horas na Praça Alencastro para fazer uma mobilização.