A prefeitura reiterou, hoje, o apelo aos profissionais da educação para a imediata retomada das aulas, em respeito ao bom diálogo existente com a categoria, por meio do seu sindicato (Sintep-Cuiabá) e, principalmente, aos alunos da rede municipal que estão sem aula desde o último dia 1º deste mês. De acordo com o secretário de Educação do município, Gilberto Figueiredo, “a greve não se justifica porque nunca suspendemos o diálogo, além de termos atendido a todas as reivindicações dos profissionais da educação, além das nossas possibilidades”.
Na pauta de reivindicações os profissionais de educação, que já tiveram 9,31% de reposição das perdas inflacionárias, pagos a partir da folha de julho passado, reivindicaram 3% de ganho real. A prefeitura ofereceu 2.3% de ganho real, a serem pagos a partir de janeiro de 2016. Embora o Sindicato tenha concordado e defendido a proposta, a categoria a recusou durante assembleia.
“Nossa avaliação que os profissionais da educação tiveram ganhos na negociação, por isso não entendemos a razão da greve e nem podemos concordar com a paralisação, que não prejudica a prefeitura, mas sim os alunos e as famílias dos alunos”, afirmou o secretário de Governo e Comunicação, Kleber Lima.
Figueiredo também frisou que sua expectativa é que nova assembleia da categoria, convocada para a tarde desta terça, decida suspender o movimento grevista, já que a Assembleia Geral não pode deliberar sobre a continuidade de uma greve declarada ilegal pela Justiça. De acordo com ele, além de duas decisões judiciais declarando a greve ilegal, a adesão ao movimento caiu bastante nesta semana
Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação, das 151 unidades escolares do município, 111 funcionaram normalmente nesta terça. “Temos uma adesão pequena, mas é importante que todas as unidades funcionem para não prejudicar os alunos e também possibilitar nosso planejamento para a reposição das aulas relativas aos dias em que os profissionais ficaram parados. Temos que planejar a rede como um todo, por isso a importância de todas as unidades voltarem a funcionar o mais rápido possível”, argumenta Gilberto Figueiredo.
Já o procurador geral do município, Rogério Gallo, observa que caso a greve continue, a prefeitura será obrigada a tomar medidas administrativas em relação aos profissionais que desrespeitarem a decisão judicial que julgou a greve ilegal. “É uma situação que gostaríamos de evitar, mas não podemos desobedecer à decisão da justiça. Decisão judicial deve ser cumprida enquanto prevalecer”.