O pontapé inicial para o surgimento das políticas definidas para a Educação Profissional e Tecnológica e para a Educação Superior será dado durante a realização dos Seminários Regionais de Avaliação e Revisão do Plano Estadual de Ciência e Tecnologia, que começam nesta terça-feira (29), em Barra do Garças e seguem até o dia dois de junho, em Confresa. Durante os seminários, além de uma discussão sobre o Plano Estadual de Ciência e Tecnologia, serão apresentados e debatidos também os documentos-base das diretrizes da Educação Superior e da Educação Profissional, que foram elaboradas pela equipe da Secitec e que darão origem respectivamente à política estadual de educação profissional e à de educação superior. Será a primeira vez que o Estado terá planos definidos para essas duas áreas.
Os seminários serão realizados nos municípios de Barra do Garças (29/03), Rondonópolis (31/03), Alta Floresta (06/04), Sinop (08/04), Tangará da Serra (15/04), Juína (26/04), Cáceres (13/05), Diamantino (19/05) e Confresa (02/06), sempre das 8 às 18 h.
“O ensino superior em geral é visto como o único caminho para o sucesso profissional e para a qualidade de vida e a inclusão social”, disse a secretária. “Queremos discutir essa concepção com a população, contextualizando-a histórica e politicamente no Brasil e no Estado.” Ela frisa a importância de debater sobre os objetivos de cada cidadão a acessar os diferentes níveis de ensino. “Se a pessoa quer seguir a carreira acadêmica, é melhor ela procurar a universidade, mas se ela estabelece como meta ingressar no mercado de trabalho, não precisa disso: ela tem o Ceprotec”, disse ela. “Hoje o cidadão tem mais opções de sucesso e melhoria de suas condições de vida.”
FORMAÇÃO – Em relação à Educação Profissional a secretária frisa que, embora Mato Grosso apresente índices de crescimento acima de muitos outros estados, ainda enfrenta desafios para o seu desenvolvimento, sendo um deles a qualificação profissional dos trabalhadores. “Partimos do princípio de que a educação profissional deve ser parte do processo integral de formação dos trabalhadores”, diz ela. Por isso a necessidade de se elaborar uma política de Educação Profissional e Tecnológica para o Estado.
Flávia Nogueira explica que o objetivo da discussão sobre o Plano Estadual de Ciência e Tecnologia como um todo é verificar se as metas estabelecidas pelo governo na área de Ciência e Tecnologia estão de acordo com a realidade dos municípios. Ela frisou que as políticas para o setor não serão modificadas, mas sim as metas, caso isso seja apontado como necessário pela comunidade.
Ela explicou que serão apresentadas as metas estabelecidas na época da elaboração do plano, em 2003, as ações desenvolvidas pela secretaria desde então, que serão debatidas com representantes da educação superior, da educação profissional e comunidade em geral.
A secretária frisou na manhã desta quinta-feira (24.02) que toda a comunidade poderá participar dos seminários de discussão do Plano Estadual de Ciência e Tecnologia, em especial os representantes do ensino superior, do ensino profissional e das entidades que lidam com pesquisa.
PPA – O atual Plano Estadual de Ciência e Tecnologia foi elaborado com base em informações colhidas durante os fóruns regionais do PPA, promovidos pela Secretaria de Estado de Planejamento. “Quando fizemos o plano não tínhamos idéia de como se dariam as ações na área de Ciência e Tecnologia”, disse ela. “Hoje nós contamos com uma fundação [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso] atuante e um centro de formação profissional (Ceprotec).” Ela destacou que Mato Grosso é hoje um dos poucos estados que tem e repasse para a pesquisa garantido constitucionalmente, firmado em 0,5% da arrecadação do Estado, descontado o repasse para os municípios.
SUGESTÕES – As sugestões colhidas nos municípios serão debatidas pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, no dia 14 de junho, em uma reunião aberta, para a qual serão convidadas entidades interessadas no tema. A aprovação final do plano será feita pelo conselho.