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Núcleo avalia presença de alunos superdotados em escolas de Mato Grosso

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Eventualmente, algumas crianças e adolescentes se destacam na escola por apresentar um desempenho acima da média em alguma área. O talento destes alunos superdotados, porém, por falta de estímulo especializado, acaba não se desenvolvendo em toda sua potencialidade. E pode até mesmo ser inibido pelo próprio aluno, para evitar preconceitos.

Em Mato Grosso, desde 2006, está se procurando evitar que estes talentos sejam desperdiçados. Esta é a tarefa do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S, que integra o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão Especial em Mato Grosso.

De acordo com a coordenadora Márcia Aparecida Molinari, o local recebe pedidos de investigação de superdotação de alunos, tanto das escolas como dos pais destes. Uma equipe é enviada então para investigar o potencial do aluno/aluna. Ela adianta que um processo de investigação é demorado.

Como o local está funcionando há pouco tempo, ainda são poucas as escolas em que as equipes do núcleo estão atuando. Só na escola estadual Barão de Melgaço, por exemplo, estão sendo avaliados 25 alunos. O órgão está trabalhando também na Alcebíades Calhao, Presidente Médici e Maria Bueno (esta em Várzea Grande).

Ano passado, a Seduc realizou um curso de capacitação para professores, na área de altas habilidades, para 50 profissionais da rede pública de ensino. O objetivo foi capacitá-los para a identificação e atendimento os alunos com altas habilidades e superdotação.

Quando um talento for certificado, o núcleo incentivará a criação de uma sala de recursos nas próprias unidades escolares, para que o aluno não seja afastado de seu ambiente. Isto poderá ser feito através de convênios universidades e escolas técnicas. “Nossa intenção é fazer um trabalho de descoberta precoce do talento destes alunos com altas habilidades, para que o potencial destes não acabe se ‘apagando’ por falta de estímulo”, explica a coordenadora.

Atualmente, o conceito de alta habilidades/superdotação não leva apenas em consideração o desempenho medido pelos testes de Coeficiente de Inteligência. O psicólogo Howard Gardner considera a existência de inteligências múltiplas (musical, lógico matemática, lingüística, espacial, cinestésica, interpessoal e intrapessoal).

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