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Móveis quebrados são transformados em bancos e estantes em escola do Nortão

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As carteiras e cadeiras desgastadas pelo tempo ou por falta de cuidado de alguns alunos podem se transformar em um problema nas unidades escolares. Mas, com ideias criativas de sustentabilidade, é possível dar novas funções aos objetos. Exemplo disso é a saída encontrada pela direção, coordenação e professores da escola estadual Professor Elcio Prates, em Guarantã do Norte, que desenvolveram um projeto denominado Reaproveitando para Aprender.

A iniciativa, que contou com a participação de cerca de 30 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), começou com um trabalho de pesquisa em sala com o tema transversal de Meio Ambiente. Posteriormente, os estudantes aplicaram na prática os conhecimentos adquiridos, por meio das oficinas de reaproveitamento. Mais de 60 unidades de carteiras e cadeiras foram utilizadas na primeira etapa do projeto, que pode ter a segunda edição neste ano.

“Com o material descartado foram confeccionados estantes e bancos. Na biblioteca conseguimos colocar a maioria dos livros nas prateleiras e os bancos colocados na área de convívio da escola são utilizados constantemente pelos alunos”, declara o coordenador pedagógico, Adilson Kuhn, que abraçou a ideia sugerida pelo diretor da unidade, Joarês Ribeiro, com apoio do professor de História Adriano Otto.

De acordo com eles, a empolgação e o engajamento dos alunos estão traduzidos nos produtos finais. “Para a escola aquilo que era lixo virou luxo, mas mais do que isso, nesta transição ocorreu o mais importante que é a aprendizagem, a consciência ecológica e a responsabilidade cidadã”, ressalta Joarês Ribeiro, salientando que iniciativas como essas devem ser seguidas.

Kuhn alerta ainda que quando os objetos são substituídos por novos, eles são descartados e se entulham nas escolas, muitas vezes a céu aberto, podendo se tornar criadouros de mosquitos e outras pragas. “A matéria prima destes materiais é de boa qualidade, pode ser reaproveitada com criatividade e serve também como instrumento pedagógico e de trabalho didático que enfoque questões ambientais e sociais”.

Em um exemplo de que a união faz a força, o material necessário para as reformas foi adquirido por meio da parceria entre escola e comunidade. Tinta, verniz, lixa, pincéis e parafusos foram comprados pela escola, alguns doados por loja de material de construção. A maior parte da madeira usada foi de demolição, a outra foi doada por professores e pela prefeitura. Já a mão de obra para plainar as tábuas necessárias foi oferecida por membros da comunidade.

Os estudantes aprovaram o resultado. Para Elisandra Maia, do 1º Ano B, o projeto mostrou a importância da reciclagem de objetos que não têm mais serventia para a escola, além de promover a união dos alunos e participação de todos. Valdeci Aparecido Claro dos Santos, do 2º Ano B, destaca também que a iniciativa de reciclar vai além do aprendizado e da preservação do meio ambienta, auxilia também na economia de gastos. “É uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta”.

Para a aluna Marinês Gomes Duarte Salvati, também do 1º Ano B, projetos como esse provocam uma reflexão sobre o lixo que produzimos em casa e na escola e seu processo de reciclagem. “É uma forma de inserir o tema na escola e despertar nos alunos o interesse em saber sobre a importância de cuidar do nosso meio ambiente, da vida, da natureza”, frisou, lembrando que somente a educação pode dar um futuro melhor para o planeta.

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