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Ministro do TCU aponta grande "gargalo" na educação

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A apresentação da palestra sobre a Olacefs (Organização Latino Americana e do Caribe de Entidades Fiscalizadoras Superiores, proferida pelo ministro e vice-presidente do Tribunal de Contas da União, João Augusto Ribeiro Nardes, hoje, marcou o segundo dia do III Encontro Nacional dos Tribunais de Contas. O ministro apresentou dados sobre a educação e destacou que o Brasil foi eleito pela primeira vez presidente da Olacef. "Nós teremos a responsabilidade de presidir a Organização da América Latina, Central e Caribe pela primeira vez. Será uma missão muito árdua porque são 30 países que estão sob nossa responsabilidade".

De acordo com Nardes, o TCU realizou um cruzamento de dados e descobriu que existe uma perda de R$ 800 milhões por ano com o pagamento de benefício indevidos. "Cruzamos as informações disponíveis no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob), Renavam e o Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e descobrimos o pagamento de bolsa família para 300 mil pessoas falecidas e até para pessoas com registro de carros e motos importadas em seu nome", exemplificou.

O ministro ainda informou que a ideia da Organização é identificar os principais problemas da educação. "Trouxe uma proposta muito interessante para iniciarmos o trabalho de auditoria coordenada em educação no Brasil com os Tribunais de Contas dos Estados no sentido de avaliarmos a educação brasileira".

A auditoria tem previsão para ser iniciada em fevereiro em todos os Tribunais de Contas dos Estados em parceria com o Tribunal de Contas da União. De acordo com o vice-presidente do TCU, Augusto Nardes, "o Brasil tem um grande gargalo na educação. De 50 milhões de brasileiros que estudam, nós temos apenas sete milhões que estão no Ensino Médio e boa parte desses, não terminam o curso. Esse trabalho vai mostrar um retrato do Brasil na área educacional e as dificuldades que enfrentamos. Cada estado vai poder saber como está à educação e podemos mostrar esse quadro em nível nacional. Isso vai criar um impacto para que o governo tanto do Estado quando nacional priorize o setor educacional".

 

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