Mato Grosso precisa criar mais 83 mil vagas no ensino superior até 2011 para se adequar às exigências do Ministério da Educação (MEC), que projeta ter, até essa data, 30% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos matriculados no 3º grau. Hoje, o Estado tem cerca de 30 mil alunos (pouco mais de 8%) nessa faixa etária matriculados nas faculdades e universidades do Estado e ocupa o último lugar, da região Centro-Oeste, em número de matrículas. A informação é do reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Speller, e foi divulgada ontem, durante reunião ordinária da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa.
Paulo Speller concordou que não basta incrementar as estatísticas, mas que é preciso investir na educação superior de qualidade, papel que cabe, segundo ele, ao governo federal. Speller elogiou o programa do governo federal Universidade para Todos, o ProUni, que considera um avanço, e destacou o esforço do ministro da Educação, Fernando Haddad, que trabalha no convencimento da equipe financeira do governo para aumentar o orçamento da Educação, que triplicou durante o governo Lula, enquanto vinha sendo reduzido sistematicamente no governo anterior.
A meta de aumentar gradualmente a inclusão dos jovens no ensino superior está contida no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni, que vai investir R$ 6,9 bilhões nas instituições de todo o país. Um dos objetivos do Reuni é dotar as universidades federais das condições necessárias para ampliação do acesso e permanência na educação superior, dentro do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Números divulgados durante a sessão mostra que, embora a educação superior particular venha crescendo a cada ano, a educação pública continua mostrando a sua força, já que está presente em quase todas as microrregiões do Estado, busca atender as demandas dessas regiões e não possui vagas ociosas. O Censo da Educação Superior em Mato Grosso traz dados de 1991 a 2005.