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Mato Grosso fica com pior índice em Provão do ensino médio

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Mato Grosso amarga o pior índice do ensino médio do país. No provão realizado pelo programa Fantástico, com questões básicas de português, matemática, história e geografia, formuladas por professores da Universidade Federal Fluminense (UFF), antecipando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Estado registrou média geral de 1,1 ponto percentual (numa escala de dez), última colocação entre as capitais brasileiras.

Em Mato Grosso, dez alunos das escolas estaduais Presidente Médici e Liceu Cuiabano foram avaliados. O Estado registrou a última colocação no exame de redação (0,4) e português (1,7), o 23° lugar em história (1,6) e 25ª posição em geografia (1,3) das 27 Capitais analisadas. Para o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), o resultado do provão não é novidade. Há anos a entidade vem apontando e denunciando as más condições da educação na rede de ensino público mato-grossense. “A condição geral da educação no Estado é muito ruim”, disse Gilmar Soares Ferreira, presidente do Sintep-MT.

A entidade reivindica mais investimentos no setor, tanto na estrutura física como na valorização do profissional. “No ensino médio é dramática a situação”, disse. Por isso, na pauta do sindicato há questões relacionadas à qualidade na aprendizagem com promoção profissional. Nesse sentido, o Sintep-MT ressalta a discussão a partir de indicadores como ambiente, prática pedagógica, formação e condições de trabalho dos profissionais da escola e diagnóstico das causas de não-aprendizagem que promove a exclusão da maioria da população, entre outras requisições. “Tudo isso aponta para a precarização da oferta do ensino médio de qualidade no estado”, frisou.

Estudos do sindicato apontam que apenas 25% da população têm acesso ao ensino médio. E, mesmo assim, a infra-estrutura disponibilizada não é das mais exemplares. O sindicato denuncia a falta de profissionais qualificados na área, especialmente para lecionar na área das ciências exatas – química, física e matemática. E os poucos que atuam sofrem com a desvalorização profissional, são mal remunerados, levando-os ao acúmulo de funções e pouco engajamento nas políticas pedagógicas das escolas. “Não vão melhorar as condições de aprendizado sem a realização de concurso publico e garantia da valorização salarial”, disse. “O que a gente constata é que tem muita gente fazendo bico na educação”, completou.

Além disso, estudos do Sintep-MT apontam que o Estado não aplica integralmente os 25% da receita na Educação, conforme determinado pela Constituição Estadual de Mato Grosso. O sindicato reivindica ainda transparência na aplicação dos recursos da educação, em especial os destinados à reforma e construção de escolas, para que haja o acompanhamento da execução das obras. E Ferreira destaca ainda a falta de investimento do Estado no Ensino Médio profissionalizante.

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