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Materiais pedagógicos são adaptados para escolas do Estado

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O Núcleo de Produção do Centro de Apoio e suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) é o responsável por confeccionar material didático para as escolas de todo o Estado que atendem alunos com deficiência. O Casies também oferece cursos para produção de material didático e possui em seu acervo obras literárias em braile, todas catalogadas.

“Preparamos o material que o aluno deficiente precisa para seu aprendizado. O estudante cego faz a leitura tátil, por isso, tudo é em alto relevo. É como se os olhos dele estivessem na ponta dos dedos”, explicou Valdite Heinzen, diretora do Casies. Para os deficientes visuais, até as fotos que ilustram as obras precisam ser descritas em braile. Os alunos com baixa visão tem a opção do livro em tamanho ampliado, com letras fonte 24, o máximo permitido. Caso o aluno não consiga ler nesse formato, é indicado o uso do braile.

Toda obra traduzida para o braile passa por revisão antes de ser enviada para as escolas. O trabalho minucioso é realizado por duas profissionais cegas. “Meu trabalho é perceber os parágrafos, os pontos, acentos, tudo”, resumiu uma das revisoras, Rosani Soares. Ela atua há quatro anos na função.

O Núcleo de Produção também adapta obras em áudio. A equipe do Núcleo é formada por oito pessoas, sendo que quatro trabalham com braile e adaptação em relevo, uma na ampliação de livro (letras maiores), uma na adaptação para o áudio e duas como revisores de braile. “Reconhecemos que se trata de um trabalho muito importante, que atende as necessidades do aluno. E, assim, vemos que de fato a educação inclusiva está acontecendo. É muito gratificante”.

O material usado para escrita em braile são: máquina braile, soroban – o lápis e o papel do cego – reglete, prancheta e punção.

Atualmente 38 professoras da rede estadual, divididas em duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde, participam do curso de confecção de material didático no Casies. O curso tem duração de 40h e consiste em transcrever o material usado na sala de aula para o braile. O material produzido é destinado a atender os estudantes cegos nas salas de recursos multifuncionais das escolas.

“Não tem diferença de conteúdo, o material é o mesmo usado pelo professor, só que voltado para o deficiente visual”, frisou a professora do curso, Rosa Hissae Takiuchi, que também é consultora do Casies para o assunto. Ela trabalha no local desde o ano 2000 e ao longo desse período foi se aperfeiçoando cada vez mais em braile.

Entre os materiais confeccionados em braile no curso estão as fases de germinação de uma semente até se tornar uma planta. Usando diferentes texturas, foram produzidos a semente, o caule e as folhas. As texturas variam para cada item para que os alunos possam compreender que a cor não tem função para o deficiente visual. “Precisa ser o mais próximo possível do real. Pensamos a finalidade, onde e como será usado, porque e para que”.

Temida pela maioria dos estudantes, a Tabela Periódica também foi adaptada para o braile para atender uma aluna. Até as partituras musicais são adaptadas para atender um aluno deficiente visual que participa da aula de música no local. Além de outros itens, como o jogo da velha, o ensino de frações e mapas, especialmente do Brasil.

“O curso está me oferecendo a oportunidade de adaptar o material que a professora usa em sala, como geografia, por exemplo, em que podemos adaptar os mapas que são mais difíceis e muito procurado para reforçarmos o aprendizado na sala multifuncional”, revelou Flávia Galvão Lemos Camargo, professora da sala de recurso multifuncional da Escola Estadual Agenor Ferreira Leão, do bairro Tijucal. Ela citou que já fez adaptações para aula de artes, para sua aluna, especialmente para uso dos lápis de cores, no sentido de identifica-las e guarda-las no estojo sem misturar para não usar as corres erradamente.

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