Cerca de 56 mil estudantes de 907 escolas das redes estadual e municipal de Mato Grosso realizam a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016) até esta sexta-feira (25). Promovida pelo Instituto Nacional de Educação e pesquisa Anísio Teixeira (Inep), a prova é direcionada para alunos de unidades escolares urbanas e rurais, que possuam pelo menos dez estudantes matriculados nas turmas regulares do 3º ano do ensino fundamental. Esta é a fase final do Ciclo de Alfabetização.
A avaliação ocorre em dois dias e tem o objetivo de examinar os conhecimentos dos estudantes em três áreas: leitura, escrita e matemática. Os testes de matemática e português são compostos por 20 itens (total de 40). No caso de língua portuguesa, a prova é composta por 17 perguntas de múltipla escolha e três exercícios de produção escrita. Já de matemática, serão aplicados aos estudantes 20 perguntas de múltipla escolha.
Além disso, são apresentados questionários contextuais para professores apontarem informações sobre as condições de infraestrutura; formação; gestão da unidade escolar; organização do trabalho pedagógico, entre outras.
De acordo com a coordenadora estadual da ANA, técnica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Maria Aparecida Toló, a participação de Mato Grosso nesta edição está bastante significativa. Todos os 141 municípios estão realizando as provas em suas unidades escolares. “É muito positivo ver as escolas públicas participando de um processo que mobiliza esforços e atenção para o contexto da alfabetização”.
A ANA é um instrumento de avaliação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que prevê a alfabetização plena de todas as crianças até os 8 anos. Em 2015, os dados do exame mostraram que 22,21% das crianças dessa etapa só desenvolveram a capacidade de ler palavras isoladas. Em escrita, 26,67% desses alunos não tinham aprendizagem considerada adequada, enquanto em matemática o número sobe para 57,5%.
Segundo o edital, os resultados preliminares da ANA poderão ser acessados pelos diretores escolares em maio do ano que vem, por meio de sistema do Inep. E até dezembro de 2017 estarão disponíveis o relatório e os microdados da avaliação.
Para garantir que as avaliações cheguem em cada escola é necessária uma logística muito organizada com muitas pessoas envolvidas. Essa logística é distribuída em 58 polos regionais, sendo que cada um conta com um coordenador e um apoio.
Os coordenadores de polo são responsáveis por organizar as esquipes de aplicadores, que são capacitados por eles para aplicar as avaliações nas 907 escolas, sendo 321 escolas estaduais e 586 escolas municipais. Nesse quantitativo de escolas, 692 são urbanas e 215 são rurais.
Ao todo, são 837 aplicadores responsáveis por um total de 4162 aplicações, que serão realizadas com aproximadamente 56 mil estudantes, distribuídos em 1978 turmas. “É muito importante o envolvimento dos gestores escolares, assessorias pedagógicas e Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (Cefapros) com todo o processo da avaliação. Todo esse trabalho envolve muito esforço das instituições e pessoas envolvidas”.