O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, disse, hoje, que vai descontar da folha de pagamento os dias que os professores da rede municipal ficarem parados. Ele também deve reunir documentos necessários e provar na justiça a ilegalidade da greve para fazer com que os profissionais retornem as salas de aulas.
O Sintep ainda não se manifestou sobre a decisão do corte no ponto. A paralisação por tempo indeterminado iniciou ontem e foi confirmada, esta tarde, em assembleia. A categoria reivindica reajuste de 17%, além dos 6.2% pagos a todos os servidores no mês de junho.
Otaviano acredita que o movimento grevista foi influenciado por vereadores da oposição e que a manifestação deixou de ser uma reivindicação da categoria e ganhou conotação política. “Infelizmente, os vereadores da oposição estão tirando proveito da situação, dificultando as negociações, o que confirma o tom político de baixo nível”, disse.
É a primeira greve da história na educação municipal. Conforme Só Notícias já informou, esta tarde os professores decidiram manter a paralisação e não darem aulas enquanto durarem as reuniões do grupo de estudo da prefeitura que vai verificar se é possível conceder o reajuste de 17%, que foi pedido pela categoria para equiparar os salários dos servidores municipais com dos estaduais.
O salário atual de um docente municipal é de R$ 2.015,04, enquanto o da rede estadual recebe R$ 2.356,39. A estimativa é de que este grupo realize pelo menos quatro encontros para tratar sobre o reajuste. E isso é criticado pelos profissionais que querem a equiparação imediatamente.
Pivetta disse que está aberto ao diálogo e que a classe grevista deveria dar o tempo necessário para que os levantamentos sejam feitos para viabilizar o atendimento das reivindicações.