Os professores da rede municipal de ensino acataram durante assembleia, ontem à noite, a proposta apresentada pelo prefeito Otaviano Pivetta. Apesar disso, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) do município, Tânia Jorra, disse, ao Só Notícias, que a categoria mantém o estado de greve até que a proposta passe pela câmara e seja transformada em lei.
Na proposta apresentada, a administração acata a sugestão de enquadramento dos vencimentos, conforme tabela apresentada pelo Sintep, de equivalência com o que é pago pelo governo do Estado aos professores com jornada de 30 horas a partir de 2016. Atualmente, no município, o salário inicial é de R$ 2.348 (para 30 horas semanais com nível superior) e o pretendido é o valor de R$ 2,6 mil que é o salário dos profissionais do Estado com esta mesma carga horária e graduação. Também houve a garantia da revisão anual dos vencimentos considerando o índice inflacionário e o ganho real de no mínimo 2% já para o próximo ano.
O reenquadramento deve ser feito ainda neste ano. A presidente do Sintep ressaltou que espera que já passe a valer para a folha de pagamento de agosto.
Conforme Só Notícias já informou, aprovaram estado de greve na semana passada alegando insatisfação com a falta de política de valorização da classe. Eles reivindicavam proposta de ganho real de salários desde a greve realizada no ano passado.
A secretária de Educação, Elaine Lovatel, afirmou que uma comissão já estava estudando o assunto. “É importante frisar que os professores não estão parados. O estado de greve é uma forma de pressionar para que a resposta seja mais rápida. Queremos tranquilizar os pais, pois acreditamos que os professores não vão parar novamente já que os prejuízos para eles e para os alunos são muito grandes”, disse ela, referindo-se à greve do ano passado.