O ano letivo começa, na próxima semana, para cerca de 400 mil alunos das 754 escolas públicas estaduais em Mato Grosso. Para superar as expectativas de alunos e do corpo docente, a ideia é proporcionar um primeiro dia de aula diferente, com atrações culturais e artísticas, desportivas e musicais. Outra iniciativa prevista é oferecer um cardápio na merenda incluindo alimentos que os alunos mais gostam.
“Uma boa receptividade é o que as pessoas esperam. Para isso, é necessário expandir as ações. As salas deverão estar identificadas para que os alunos localizem onde vão estudar, a comissão da escola, do mesmo modo, com crachás para serem reconhecidos e darem as boas-vindas”, frisou Rosângela Moreira, coordenadora de Monitoramento da Gestão Escolar, da Secretaria e Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc).
Outra ideia sugerida para receber os estudantes é oferecer palestras com convidados, que abordarão diferentes temas, definidos pela equipe gestora. Ainda este mês, todas as unidades escolares estarão recebendo os uniformes para serem disponibilizados aos alunos pelo custo simbólico de R$ 3, sendo permitida a aquisição de duas camisetas por estudante.
Segundo o secretário de Educação do Estado, Permínio Pinto, os recursos provenientes dessas camisetas, poderão ser usados conforme definição do conselho gestor. “Em programas educacionais, programas culturais, em projetos de arte e cultura ou mesmo em pequenas reformas”, exemplificou o secretário.
O uniforme não teve custo para a Seduc. As 800 mil unidades foram doadas pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).
Os professores efetivos estão desde o dia 27 de janeiro nas escolas envolvidos na atribuição e planejamento das aulas. No entanto, um replanejamento das atividades está programado para os dias 06, 07 e 08 de abril em todas as escolas, em mais uma semana pedagógica. A iniciativa será necessária para avaliar o resultado da avaliação com os alunos do 2º, 4º, 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e 1º e 2º anos de Ensino Médio.
Com base nos resultados, a Seduc fará ações para que o aluno acompanhe o ritmo em sala de aula e recupere a proficiência. Entre as iniciativas, um professor articulador atuará no laboratório de aprendizagem dando o suporte necessário.
O ano também será de desafios para cerca de 80% dos diretores, que ocupam o cargo pela primeira vez. Alguns deles participarão de projetos inéditos, como o da Escola Integral em Tempo Integral.
“Toda a equipe está animada para pôr a mão na massa e tornar a escola em modelo mesmo. União e força são alguns dos quesitos que temos, outros vamos buscar. Na medida em que as necessidades vão surgindo a gente vai se organizando para vencê-las. Estamos finalizando alguns detalhes para dar início a essa empreitada”, pontuou Eber José de Matos Corrêa, diretor da Escola Estadual Epaminondas, em Cuiabá, que é uma das seis escolas que funcionarão em Tempo Integral no Estado. Das outras cinco, uma também está em Cuiabá, duas em Rondonópolis, uma em Juara e uma em Arenápolis.
Eventuais dúvidas e orientações poderão ser sanadas diretamente com os profissionais da Seduc que atuam na Superintendência de Gestão Escolar.
Além do quadro de efetivos, os diretores contarão ainda com profissionais contratados por meio do Processo Seletivo Simplificado (PSS) 2016, que segundo o secretário adjunto de Políticas Educacionais da Seduc, Gilberto Fraga de Melo, foi o mais democrático já realizado pela Seduc no que se refere a composição das equipes escolares.
Isso porque o PSS proporcionou que as vagas fossem preenchidas conforme a pontuação e não na preferência dos inscritos por determinada escola. Na medida em que uma escola encerrava a oferta de cargos os candidatos eram direcionados para outra unidade escolar, evitando a corrida as consideradas melhores escolas.