A justiça fará, sexta-feira, em Cuiabá, ato conciliatório entre o Sintep e a prefeitura de Guarantã do Norte para tentar encerrar a greve nas escolas municipais, iniciada no último dia 31. A mediação será feita pelo desembargador Rui Ramos, que analisou pedido da administração municipal para a greve ser decretada ilegal. Ele fixou multa de R$ 5 mil ao sindicato que a paralisação continuar. “Não fomos notificados se a greve foi considerada ilegal. Mas vamos para a reunião de concliação”, disse, ao Só Notícias, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público, Paula Regina Martins.
Ela adiantou que a categoria vai manter a paralisação até a reunião com o judiciário. “Nossa principal cobrança é a reposição salarial. Hoje, temos o piso mínimo do mínimo que é de R$ 1,175, referente ao início de carreira. Queremos 7% de perdas inflacionárias do ano passado. Quando falamos com a prefeita, em maio, ela pediu que esperássemos o final do segundo quadrimestre. Conversamos em agosto, setembro e outubro e não deu nada”, explica Paula. “Existe a possibilidade financeira da prefeitura de conceder a reposição”, emendou a sindicalista, criticando a quantidade de cargos comissionados na prefeitura que, se reduzidos, podem trazer redução de gastos na folha.
“A prefeita mandou ofício ao sindicato apontando que não tem caixa e que está no limite do empenho com gastos que é de 54% da arrecadação. E ainda Guarantã do Norte receberá do pré sal mais R$ 1 milhão para a educação”, concluiu.
São cerca de 490 profissionais que trabalham em 24 escolas (12 delas indígenas) atendendo 4,1 mil alunos. O sindicato aponta que cerca de 70% dos progissionais aderiram. As creches continuam com atendimento parcial feito por estagiários.